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Enviada em: 26/03/2019

No período Modernista, o autor Oswald de Andrade defendia o nacionalismo, a busca pelas origens e a valorização da cultural local como partes fundamentais para a construção da identidade nacional. Entretanto, na atualidade, essa não é a realidade vigente no país, visto que luta-se pela preservação do Patrimônio histórico cultural brasileiro devido à negligência estatal que caracteriza o abandono dos bens e, também, ao descomprometimento social com a preservação e valorização.             No governo Sarney, em 1985 , criou-se o Ministério da Cultura no Brasil, visando financiar e valorizar os patrimônios materiais e imateriais do país. No entanto, no contexto social hodierno, evidencia-se o descaso com a cultura ao observar a extinção desse ministério fundamental. Nessa perspectiva, torna-se notório que tal ação corrobora para a falta de atenção do Estado quanto à questão, uma vez que destina insuficientemente recursos e verbas para a conservação e incentivo do acesso cultural a todos. Em decorrência dessa inobservância, desabamentos e tragédias como o incêndio ao Museu Nacional e Museu da Língua Portuguesa tornam-se realidade e implicam em perdas irreparáveis na memória e história da nação.             Por conseguinte, é válido destacar a desvalorização do corpo social quanto ao Patrimônio brasileiro, gerando uma apatia que provoca desinteresse. Isso, consoante ao pensamento de A. Schopenhauer no qual os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo que a cerca, ocorre porque a educação cultural é deficitária e pouco prepara os cidadãos no que tange ao incentivo de idas aos teatros, museus, concertos musicais e visitas aos centros históricos. Além disso, em contrapartida, nota-se que o ‘’Apartheid cultural’’ é um fator agravante para a situação e caracteriza o difícil acesso dos indivíduos de regiões mais periféricas a usufruir dos espaços culturais.                Diante do exposto, para a valorização e proteção dessa parte constituinte da história do Brasil, é preciso que o Poder Executivo destine subsídios ao Instituto do Patrimônio Histórico Brasileiro, para que, por meio da Lei Rouanet – responsável pela proteção de produções culturais -, possa investir na preservação e monitoramento constante dos patrimônios brasileiros. Ademais, faz-se imprescindível que o Ministério da Educação, em parceria com instituições de ensino, promova passeios escolares, objetivando idas aos espaços de memória, de modo a despertar o interesse por conhecer sobre a própria história.