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Enviada em: 28/03/2019

Patrimônio histórico é todo conjunto de bens materiais que estão intimamente relacionados com a identidade, a cultura ou o passado de uma coletividade. Preservar e cuidar da manutenção do patrimônio construído é um grande desafio na atualidade brasileira. O crescimento das cidades, a expansão imobiliária, o déficit habitacional e os novos padrões sociais constituem fatores que desafiam gestores  a confrontar o desenvolvimento eminente, com a necessidade de preservação dos patrimônios.    No século XX, as políticas de incentivo fiscal voltadas para a cultura reforçaram a ampliação da noção dos bens a serem preservados. Conhecida como Lei Sarney, esta constitui um impulso significativo no âmbito da proteção do patrimônio, mas propiciou o desenfreado desenvolvimento do marketing cultural, que se consolidou nos anos de 1990. As políticas de preservação adotadas no Brasil daquele período sucumbiram à noção de cidade-espetáculo, ou seja, a transformação de cidade histórica em objeto de consumo.    De fato os patrimônios brasileiros refletem características únicas e de grande importância à história e à cultura da sociedade, integrando também outras nações, pelo turismo ou pela própria narrativa dos patrimônios. Porém, nos últimos dez anos, oito instituições culturais e históricas foram dizimadas em incêndios. Essa problemática é parte de uma cronologia de descaso que assombra museus e instituições de cultura no Brasil, metaforizando – e materializando – o desdém para com a memória, o patrimônio e as ciências do país.    Compreendendo o patrimônios histórico-culturais como herança indispensável que molda a sociedade de acordo com o tempo, e diante da problemática ao qual sua preservação se encontra em risco, se faz necessário a presença efetiva do poder judiciário para com as leis de preservação dos patrimônios no Brasil. Junto à esse, vale a promoção de palestras e propagandas que enfatizem a importância dos patrimônios, incentivando a sua permanência em sociedade.