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Enviada em: 29/03/2019

A memória de um povo é gerada pela história dele, sendo constituída por relatos orais, monumentos e objetos históricos ligados a fatos importantes para esta população. Dentre os elementos que compõem a identidade cultural, estão os patrimônios histórico-culturais, os quais vem sendo tratados com descaso pelo governo brasileiro atual, subvertendo a tradição do Brasil em algo trivial.   Diversos casos demonstraram o descuido do Brasil para com a sua cultura, como os incêndios no Museu da Língua Portuguesa em 2015 e no Museu Nacional em 2018, trazendo uma perda histórica gigantesca para a nação. Tais ocorrências só se concretizaram pelo desleixo pelo qual o governo administra esses espaços, uma vez que há uma falta de verba destinada à preservação do patrimônio nacional cultural.   Além do governo, há a não identificação da população brasileira para com alguns ícones nacionais; as pixações às estátuas de bandeirantes ocorridas em 2017, demonstram que, hodiernamente, a visão popular a respeito dessas figuras se transfigurou em irreconhecimento, algo impensável quando o assunto é a cultura nacional, afinal, se o povo não se reconhece nos símbolos da própria nação, percebe-se uma ruptura com a tradição passada.   Visando uma melhor preservação da cultura brasileira, o Ministério da Cultura deve criar programas de fiscalização constante aos centros patrimoniais brasileiros, além de possuir carta-branca governamental para ajustes necessários à infraestrutura do local, a fim de evitar acidentes como os ocorridos em 2015 e 2018, preservando melhor a cultura. Ademais, por se tratar de um país heterogêneo, há a necessidade de um reconhecimento mais abrangente de ícones histórcos que fogem ao eixo sudeste (visto que os bandeirantes, por exemplo, possuem grande importância nessa região, devido a uma construção histórica, algo não recorrente em outros estados), de tal forma a acolher melhor as diversas regiões e diferenças culturais no território nacional.