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Enviada em: 05/04/2019

O patrimônio de um país se baseia em sua cultura material e imaterial, as manifestações das etnias e dos povos durante a história, ou seja, o que forma sua identidade. Portanto, a preservação desse é extremamente importante, visto que sem esta as pessoas ausentam-se de reconhecer, entender e valorizar o legado transmitido pelo país. No Brasil, a preservação do patrimônio está cada vez mais enfraquecida, o que apaga as memórias da sociedade e ignora suas origens.        Atualmente, as autoridades não investem muito na proteção de bens histórico culturais, admitindo certo descaso e abandono. Estas ações geram severas consequências, um exemplo deles são as demolições, as quais permitem a troca do acervo cultural do Brasil por prédios enormes de empresas privadas, sem preocupações quanto aos objetos até então resguardados pelos antigos museus, por exemplo, e seus destinos após a destruição de seus centros históricos.       No ano de 2018, o Museu Nacional do Rio de Janeiro que completava seus 200 anos, incendiou-se, perdendo cerca de 20 milhões de peças e documentos. Luzia era uma dessas, fóssil mais antigo já encontrado na América do Sul (Minas Geras, Brasil), de valor histórico e científico inestimável, advindos da sua importância para a compreensão da ocupação do continente, foi queimada e quase destruída. Dessa forma, compreendemos o descaso na preservação dos bens do país.       Assim, é criada a associação de reconhecer um valor consagrado e protegê-lo, com a noção de quebrá-lo, ou seja, não se sabe mais diferenciar o conservar do danificar. Esse é um problema recorrente no país, não é a primeira miscelânea a ser irreparável, nem os primeiros itens a serem perdidos. Em 2016, por exemplo, o Museu Histórico de Ribeirão Preto (São Paulo) foi lacrado, devido a goteiras e cupins que estavam destruindo o lugar, e pela falta de investimento em uma reforma no intuito de preservar seus artefatos. O risco de segurança prejudica até sua visitação, uma vez que ainda se encontra fechado por tais motivos.        O patrimônio de um país representa sua identidade, não se pode destruí-lo, substituí-lo por outros edifícios, ou ignorá-los. Para que haja a proteção dos bens que ainda restam ao Brasil, sua cultura e história, há a necessidade que o Estado não deixe de investir e preservar a qualquer custo as origens de tudo, pois são essas escritas e elementos que compõe o que é o brasileiro hoje. A lei já existente para a salvaguarda deveria ser devidamente cumprida, e as escolas deveriam ensinar aos seus alunos o conhecimento e reconhecimento dessas obras, consequentemente torná-los cidadãos que valorizaram a bagagem histórica adquirida pelo Brasil e suas diversas riquezas culturais.