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Enviada em: 07/04/2019

Não é raro o desejo de muitos por conhecer outros países e suas respectivas atrações turísticas e até mesmo as culturas destes. No entanto, esses entusiastas das tradições estrangeiras, não conhecem na maioria das vezes a História de sua própria nação. Isto é, percebe-se o desinteresse por seus próprios patrimônios históricos culturais. O Brasil é um dos países em que tal situação é cada vez mais frequente, uma vez que, nele não há preservação de patrimônios, sejam estes materiais, como o recém incendiado Museu Nacional, ou imateriais, sendo a capoeira um exemplo não material de riqueza brasileira que, apesar de simbolizar o movimento de resistência negra contra a escravidão, período fundamental para a compreensão de fatos atuais da sociedade, é menosprezado.      Diante destes exemplos expostos, percebe-se que é inegável a ignorância da população como sendo a principal causa da falta de preservação dos bens da "terra das palmeiras", como apelidou-a Gonçalves Dias. Esse desinteresse dos brasileiros pela sua própria origem acarreta o descaso das autoridades, posto que não há uma rigorosa fiscalização dos cidadãos sobre o destino das verbas destinadas à cultura. Isso permite que as autoridades usem como desculpa para a má manutenção de bibliotecas; museus e monumentos, a falta de verba pública.   Ademais, a negligência da valorização dos bens históricos culturais ocasiona de maneira preocupante, a perda da História do Brasil, visto que, a memória sobre o passado é frágil, mas que influencia de maneira expressiva o presente. Isto é, a carência de informações sobre o pretérito impede o acesso ao conhecimento e dessa forma, erros podem vir a serem cometidos novamente. Um patrimônio que exprime sua relevância para a História é o Cais do Valongo, localizado no Rio de Janeiro, porto que recebeu milhares de escravos trazidos da África,, reconhecido recentemente pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, símbolo do sofrimento causado durante a escravidão africana no Brasi, que resgata atualmente resgata questões raciais e representa um momento histórico que não pode se repetir.     É fundamental que o Brasil comece a preservar mais seus patrimônios, investindo na manutenção destes através de acordos fiscais entre o Estado e empresas privadas, que poderiam ter seus impostos reduzidos em troca de patrocínios para a conservação de construções de valor histórico, além de incentivo à cultura. Ademais é importante que o Ministério da Cultura encoraje, os jovens principalmente, a frequentar e buscar conhecer mais sobre os elementos que compõem a sociedade na qual estão inseridos, e desta forma conscientizar a geração atual sobre a importância da preservação de patrimônios históricos culturais.