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Enviada em: 12/04/2019

De acordo com a historiadora Emília Viotti da Costa, ''Um povo sem memória é um povo sem história''. Nesse sentido, observa-se a importância da preservação do patrimônio histórico cultural para compor uma nação. No Brasil, por sua vez, nota-se o descaso do Estado em relação a tais patrimônios, como o incêndio ocorrido no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018.    A falta de investimentos por parte do poder público com a manutenção e conservação dos patrimônios contribui para a destruição da memória nacional. Por esse motivo, é cada vez mais notória a influência da iniciativa privada na preservação dos bens histórico culturais brasileiros. A Fundação Roberto Marinho, por exemplo, é uma organização sem fins lucrativos, a qual promove projetos preservacionistas, como a recuperação da Igreja de santo Antônio, em Tiradentes, Minas Gerais. Dessa forma, o desinteresse do governo em resguardar seus patrimônios contribui com os inúmeros incêndios em museus e acervos nacionais que, além de perder documentos e artefatos de valores inestimáveis, pesquisas científicas também foram perdidas, o que atrasa o desenvolvimento do Brasil nesse ramo.    Além disso, a desvalorização de tais patrimônios implica na desapropriação da memória nacional por parte dos cidadãos, pois estes não visitam acervos e museus. Para que esses funcionem, dependem de verbas governamentais e contribuições cedidas pelos visitantes, o que, nessas condições de preservação, pouco se ocorre. Isso é comprovado pela BBC News, em 2017, quando mais brasileiros visitaram o Louvre, em Paris, que o Museu Nacional. Assim, a memória de um povo é resguardada em museus e acervos, ao quais estão sendo deixados de lado pelo governo e, consequentemente, pelo povo.      Desse modo, para que cada brasileiro conheça, reconheça, preserve e se aproprie de sua herança histórico cultural, é imprescindível que o Ministério da Cultura auxilie museus e acervos com verbas adequadas para manter tais estabelecimentos, de modo que uma parte dos impostos coletados da população seja estritamente direcionada à preservação dos patrimônios. E em conjunto ao da Cultura o Ministério da Educação, esse deve promover palestras e até formatar uma disciplina própria que vise a memória nacional nas escolas, para que, desde a infância, a população saiba preservar a História do Brasil.