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Enviada em: 10/04/2019

Na obra Fareheint 51, há a queimada de livros preciosos promovida pelo governo. Infelizmente, atrocidades similares transcendem a ficção e se mostram presentes no que concerne a preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro. Nesse sentido, a culpa pela problemática reside tanto na cultura de desvalorização quanto na negligência da execução burocrática.       Primeiramente, cabe destacar que o principal desafio da integridade dos patrimônios brasileiros é o descaso oriundo tanto do povo, quanto do governo. Segundo o Ibram, houve apenas cerca de 28,5 milhões de visitas aos 919 museus nacionais em 2016. Nesse horizonte, quando menos de 15% dos brasileiros frequentam patrimônios, o governo é legitimado a gerir instituições do tipo com descaso, uma vez que a pressão popular para a preservação é insuficiente. Isso ocorre pois há carência de incentivo à visitas aos patrimônios e assim, o público em potencial opta por uma programação de lazer alternativa. Logo, esse panorama de desvalorização compromete a integridade dos patrimônios da nação.       Outrossim, a negligência da conduta de segurança é outro fator que dificulta a preservação dos patrimônios nacionais. Segundo o art 24 da Constituição Federal, é dever da Uniao zelar pela conservação dessas instituições. No entanto, verifica-se que a fiscalização é falha, o que permite atitudes que resultam em catástrofes, como "gambiarras". A título de exemplo, houve o desastre ocorrido no Rio de Janeiro, no Museu Nacional, cenário de um incêndio oriundo de fiações conectadas grotescamente. O problema é que essa negligência custa à nação todo um acervo cultual milenar de valor inestimável.       Urge, portanto, que as escolas e universidades, com seu poder transformador, induzam estudantes à valorização dos patrimônios nacionais, por meio de promoção de excursões em turma, a fim de cessar a cultura de descaso e instigar a pressão popular para a preservação dessas instituições. Ademais, é dever do Governo, pressionado pelo Ministério da Cultura, fiscalizar devidamente estabelecimento históricos, por meio da atuação do corpo de bombeiros, com o objetivo de evitar calamidades como a ocorrida ao Museu Nacional. Dessa forma, a história e cultura brasileira não será reduzida à cinzas.