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Enviada em: 22/04/2019

Conforme definição da UNESCO (Órgão Regulador do Patrimônio Mundial), o patrimônio histórico é o conjunto de todos os bens, manifestações populares, cultos e tradições. Nesse viés, é sine qua non perceber a extrema importância desses bens para as sociedades. Não obstante, evidencia-se hodiernamente no Brasil o descaso e, por vezes, desinteresse da população a despeito da preservação desses patrimônios materiais. Com isso, convém analisar as principais causas desse fenômeno na sociedade.       A priori, é imperioso analisar o abandono ao qual esses locais estão sujeitos. Nesse contexto, é válido destacar o trágico incêndio ocorrido no Museu Nacional (RJ) em 02 de setembro de 2018. Em um cenário de crise econômica e de imposição de um teto para gastos públicos, os centros culturais do país são os primeiros locais afetados. Nesse sentido, é importante ressaltar que o ocorrido no Rio não se trata de um incidente, mas sim de um total descaso por parte do Governo Federal ao negar-se subsidiar a reforma do Museu que vinha sofrendo ano após ano com cortes em sua verba, o que impossibilitou que ocorresse uma reforma no local. O resultado disso foi a perda irreparável, não somente nacional, como também mundial de inúmeros artefatos únicos, a exemplo de Luzia, o fóssil da mulher mais antiga da América.       Outrossim, torna-se imperativo que a população atente-se a despertar o Estado no que tange a preservação desses centros educacionais. Nessa lógica, é válido destacar o pensamento do filósofo iluminista Voltaire ao afirmar que os magistrados são apenas reflexos dos interesses populares. Logo, se não há uma preocupação dos governantes com a questão cultural no país, isso é apenas um reflexo de uma sociedade desinteressada em suas origens e raízes. Dessa forma, para que essa situação mude, faz-se necessária que haja nas escolas planejamentos de incluir os diversos patrimônios culturais do país em projetos que despertem o interesse do estudante.       Diante da problemática abordada, tem-se portanto, que o Governo Federal em junção aos graduandos de história das Universidades Federais do país financie esses Patrimônios Nacionais. Com isso, será de responsabilidade dos educandos estudarem e realizarem pesquisas a cerca desses centros, com o intuito de que exista uma reparação bem estruturada nesses ambientes e, que não mudem sua essência. A fim de que esses estudantes se mantenham engajados para tal projeto, poder-se-ia financiá-los a partir de exames que os qualificassem para estarem a liderar a iniciativa. Espera-se com isso, que casos lamentáveis como o ocorrido no Museu Nacional fiquem apenas como um passado de alerta para a população.