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Enviada em: 26/04/2019

Em setembro de 2018, ocorreu um incêndio no Museu Nacional, situado no Rio de Janeiro, onde es- tavam peças de grande relevância para a compreensão da história brasileira. Antes disso, em 2015, o Museu da da Língua Portuguesa também foi vítima do fogo,o que erradicou várias obras importantes para o país.Assim,fica perceptível que não há plena preservação do patrimônio histórico-cultural do Brasil,o que é preocupante pois é através dele que se sabe como os antepassados viviam e influenciam o presente. Nesse sentido, essa desvalorização ocorre por falta de investimento estatal para resguardar a cultura e de atenção que a sociedade tem dado para os elementos históricos nacionais.    Decerto, a Administração Pública é uma das principais responsáveis pela desvalorização do patrimô- nio cultural latino-americano. Isso se deve ao fato de que, de acordo com o Artigo 216 da Constituição Federal de 1988, é de responsabilidade do Estado preservar os bens tanto materiais- como como mu- seus e lugares tombados- quanto imateriais- por exemplo a forma como as baianas preparam o acarajé. Todavia, visto que há a redução de verbas públicas para o financiamento da cultura, como aconteceu no Museu Nacional, que em 2017 teve sua renda restringida em quase 50%, o Poder não cumpre sua função de modo eficiente, o que deve começar a fazer,uma vez que caso o patrimônio histórico-cultural for devastado, não existirá formas do passado manifestar-se para a população.     Entretanto, a própria comunidade também é culpada pela desvalorização dos bens de valor antiquado no país. Essa questão pode ser confirmada pelo fato de que os brasileiros não costumam, muitas vezes, visitar museus e a maioria da sociedade nem se quer sabe o que é ou não considerado como patrimônio do brasil. No entanto, quando visitam outras nações, vão conhecer justamente os sinônimos de história desses locais. Isso é chamado, pelo escritor recifense Nelson Rodrigues, de ''complexo de vira-lata'', isto é, apego aos espaços estrangeiros e repúdio aos elementos nacionais, o que é lamentável, pois alguém que não conhece seu próprio passado não consegue fazer escolhas sábias no futuro, como afirmou o historiador Boris Fausto.     Portanto, a fim de que a população entenda a importância do patrimônio brasileiro e o valorize, a Receita Federal deve destinar mais verbas ao Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, ao qual cabe investir na preservação e divulgação dos espaços. Isso pode ser feito por meio do melhoramento da proteção dos locais tombados, mediante a contratação de seguranças e da adição de alarmes em museus e locais tombados,e ainda através da difusão dos patrimônios nas redes sociais, com a contratação de influenciadores digitais, os quais devem visitá-los, gravar vídeos com a linguagem própria dos jovens e com alta definição da imagem e publicá-los em suas contas pessoais.