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Enviada em: 04/05/2019

À frente das mudanças     René Descartes, conhecido como o Pai da Filosofia Moderna, no século XVII, dizia: "Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis". Embora séculos tenham se passado, desde a época em que viveu o filósofo francês, questões como a conservação do Patrimônio histórico cultural, no Brasil, ainda são consideradas ações difíceis de serem executadas, tendo em vista a falta de recursos destinados e a depredação gerada pela ignorância. Isso preocupa a sociedade brasileira, por ser a causa de várias discussões sociais.      Primeiramente, há quem diga que um país, onde se mantém a verba para investimentos culturais, é utópico no corpo social. No entanto, na nação hodierna um patrimônio histórico é visto como objeto fundamental para estudos, como também sociável a um ponto turístico. À vista disso, o filósofo Richard Roty questiona: "Que tipo de mundo podemos preparar para nossos bisnetos?", considerando-se a intolerância como meio de destruição dos conhecimentos culturais.     Inegavelmente, o óbice intensifica-se quando não é dada a devida resolução ao pleito, tendo em vista a importância de recursos para manutenção e proteção de um patrimônio. Diante do fato, Nicolau Maquiavel, filósofo italiano, refletia sobre as dificuldades em buscar modificações na sociedade , uma vez que dizia: "Não há nada mais difícil ou perigoso do que tomar a frente na introdução de uma mudança". Logo, fazer com que as mudanças aconteçam, e que a preservação seja efetuada com importância, será tarefa árdua, mas possível.      Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Urge,então, que indivíduos e instituições públicas cooperem para lutar pelos recursos destinados a cultura, com objetivo de gerações seguintes poderem usufruir e visitar patrimônios históricos bem reestruturados. É papel da escola, incentivar os alunos por meio de projetos, a importância da cultura na formação de identidade de cada ser, com objetivo de defender valores educacionais. Cabe aos cidadãos repudiar por meio de debates em mídias sociais, qualquer ação de vandalismo em locais públicos, atingindo o Ministério Público, para que por sua vez, promove ações jurídicas pertinentes contra a depredação. Assim, observado a ação conjunta entre população e poder público, problemas considerados difíceis de serem solucionados, poderão se tornar fáceis, desde que se tenha coragem de estar à frente das mudanças.