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Enviada em: 29/05/2019

Durante os séculos XIX e XX, o Brasil atuou fortemente na recepção de imigrantes de variados locais. Atualmente, é perceptível que a diversidade étnica sob a qual a ideia de identidade nacional foi construída reflete na amplitude cultural do país. Desse modo, é notável que os patrimônios materiais devem ser preservados por sua importância histórica e que o descaso sofrido por eles é um sintoma de uma crise cultural.  Primeiramente, vale ressaltar que as representações materiais são cruciais para o desenvolvimento de uma identidade cultural e para a investigação histórica. Nesse contexto, preservar os patrimônios é preservar a unidade e, paradoxalmente, a pluralidade cultural brasileira. Um exemplo disso foi a transmigração da corte portuguesa em 1808, em que edificações culturais, como museus e teatros, colaboraram para a construção dos ideais de nacionalidade contemporâneos. Ademais, a conservação desses recursos é fundamental para o entendimento sócio-histórico brasileiro.  Em segundo lugar, o abandono dos recursos materiais é análogo ao abandono da cultura imaterial. Assim, os casos de depredação de monumentos históricos constituem reflexos do descaso com as manifestações das tradições regionais, caracterizando uma crise cultural. Esse cenário decorre, principalmente, da ignorância em relação ao valor antropológico e popular que os patrimônios têm na manutenção da soberania nacional.   Portanto, devido à amplitude cultural brasileira a conservação de monumentos antigos urge ser estimulada. Para isso, é necessário que o Ministério da Cultura promova a melhoria dos patrimônios históricos por meio da canalização de verbas para a manutenção de museus, edifícios e teatros a fim de que seu funcionamento e disponibilidade de visitação seja garantida. Além disso, o Ministério da educação e o corpo docente de cada escola deve colaborar com excursões aos monumentos culturais para combater a ignorância histórica. Somente assim, a cultura será verdadeiramente valorizada no Brasil.