Materiais:
Enviada em: 05/06/2019

A Constituição de 1988 renomeou o conceito Patrimônio histórico e artístico, por Patrimônio histórico cultural, assim incluiu não só móveis e imóveis, mas, sobretudo, bens passíveis de reconhecimento, como os imateriais, os quais constituem as tradições, os modos de viver e as expressões. Embora o Patrimônio histórico cultural tenha uma importantíssima função como formador de identidade, memória e pertencimento, eles ainda sofrem com poucos investimentos mantedores e desvalorização pela população geral.        Em primeiro plano, nota-se que o mais essencial órgão nacional responsável pela proteção do patrimônio cultural do Brasil é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, porém a verba do IPHAN é reduzida . Esse dado é exemplificado  pelo incêndio do Museu Nacional em setembro de 2018, no Rio de Janeiro, o qual destruiu grande parte do acervo deste importante museu, que sofria pela falta de reformas. Sem subsídio é improvável assegurar a conservação desses bens.        Ademais, é relevante ressaltar que vários móveis e imóveis são privados, o que impossibilita a preservação por parte do governo. Paralelamente, a teoria de Zygmunt Bauman revela a individualidade do ser e consequentemente, a irrelevância das relações sociais, culturais e históricas para a nossa sociedade liquida. Dessa forma, os donos desses bens veem, muitas vezes, o patrimônio cultural histórico como "velho", e não preocupam-se com o resguardo dos mesmos.        Fica evidente, portanto, que o Estado deve intervir diretamente nessa perspectiva. Primordialmente, o Ministério da cidadania precisa garantir a conservação do patrimônio histórico cultural, por meio de mais verbas para o IPHAN, para que o Instituto consiga exercer sua função de forma ampla e eficiente. Outrossim, as prefeituras municipais devem incentivar o turismo histórico, mediante a  promoção midiática de suas belezas culturais e históricas, a fim de gerar lucro para os sujeitos físicos e assim, a preservação dos bens memoráveis.