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Enviada em: 27/05/2019

De acordo com Émile Durkheim, a interdependência social é como a solidariedade orgânica na qual a unidade não é posta em causa já que o organismo deve operar em conjunto para o bem do todo. Por analogia, o descaso com a preservação dos patrimônios é algo que tolhe a plena vitalidade do corpo social brasileiro. Nesse viés dois pontos não podem ser negligenciados: proteção jurídica e conscientização social.       Em primeiro lugar, a falta de tombamento é uma das causas do desaparecimento de acervos. Conforme o jornal O Globo, muitos patrimônios materiais foram demolidos no Ceará ao longo da última década por causa da desatenção estatal. Ou seja, sem a devida aplicação das legislações protetivas, não há barreira alguma que impeça os proprietários desses bens de modificá-los, alterando assim, a memória pública.       Em segundo Lugar, cabe citar o imperativo categórico de Immanuel Kant o qual diz que as pessoas devem agir de tal forma que os princípios de suas ações possam ser leis universais. Por outro lado, a condescendência popular quanto ao desmanche dos ícones nacionais não condiz com a máxima kantiana. Em outras palavras, a inércia das pessoas diante da destruição do legado tupiniquim  contribui positivamente com essa problemática.       É imprescindível, portanto, que as instituições governamentais responsáveis pelo processo de tombamento, por meio de agentes profissionais, faça uma busca minuciosa por propriedades representativas e coloque-as sob resguardo legal. Isso preservará a herança material do país. Ademais, é mister que o Ministério do Educação, em parceria com figuras de influência midiática, promova uma compreensão sensibilizadora na sociedade através da internet e dos centros educacionais. Isso irá despertar as pessoas para a importância de lutar pela conservação dos patrimônios históricos.