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Enviada em: 09/06/2019

Com a imposição da cultura européia sobre o Brasil em 1500, houve, inconscientemente, uma desvalorização da cultura nacional por parte dos nativos. Consequentemente, hoje, no Brasil, é deixado em segundo plano as pautas que visam preservar o patrimônio cultural brasileiro destruindo o mesmo dia após dia. Vale ressaltar como agravantes dessa desvalorização a ausência de incentivo à cultura nas escolas e o precário investimento do governo para a manutenção do patrimônio cultural brasileiro.         "O ser humano é aquilo que a educação faz dele." A citação tão famigerada de Immanuel Kant, juntamente com a falta de incentivo ao apreço pela cultura nacional no âmbito pedagógico, fortalece a desvalorização cultural brasileira remanescente da colonização. Em congruência à essa tese, uma pesquisa realizada pela BBC, no ano de 2017, mais brasileiros visitaram o Museu do Louvre, em Paris, do que o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Desse modo, ao somar essa desvalorização dos patrimônios nacionais pelos brasileiros com o precário investimento do governo para essas áreas, dificulta ainda mais a subsistência dos bens culturais.        Por conseguinte, o precário investimento nas áreas culturais é resultado da ideologia capitalista de Adam Smith. Isto é, a mesma teoria ratifica a preponderância do lucro na gestão governamental trazendo em primeiro plano áreas de investimentos que retornem, de forma imediata, mais dinheiro à economia. É o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro que pegou fogo confirmando a ineficácia das políticas preventivas dos bens culturais. O mesmo museu guardava um acervo de 20 milhões de itens. Entre eles, o fóssil mais antigo encontrado no país: “Luzia”, mas já recuperado. Demonstra-se, então, as consequências do precário investimento nas áreas culturais.       Portanto, para solucionar a falta de incentivo à cultura e o precário investimento na manutenção dos patrimônios, é preciso intervir. Logo, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com a mídia, reavivar e firmar a identidade cultural brasileira por meio de documentários que mostrem nas escolas e TVs quem realmente são os brasileiros a fim de quebrar toda desvalorização da cultura enraizada desde 1500. Esses documentários conteriam relatórios e entrevistas de verdadeiros nacionalistas que levem, realmente, os brasileiros a um estágio nacionalista nunca alcançado. Então, com a identidade brasileira fortalecida, os brasileiros exigirão o investimento correto dos seus governantes para a manutenção dos patrimônios.