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Enviada em: 14/06/2019

Laço verde-amarelo    À mercê do cenário de desenvolvimento científico-racional do século XVIII, a primeira geração do Romantismo no Brasil enfatizou, como um dos seus maiores legados de existência, a suma importância da difusão do sentimento de pertencimento à pátria. Antagônico à corrente indianista,  é vigorante na modernidade um conjunto de mazelas sociais, que atrelada aos resquícios históricos, põe em xeque a legitimação íntegra verde-amarela. Nesse sentido, ressalta-se a necessidade de um olhar maior de enfrentamento à causa.       Em primeiro plano, é relevante frisar que as defasagens construtivistas, nas quais acarretam ao declínio no ideal civil de nação brasileira, são explicados por fatores inerentes à memória histórica . À vista disso, destaca-se, principalmente, a diversidade de revoltas ocorridas após o contexto de independência do país — sobretudo as regenciais, como a Confederação do Equador, que a curto prazo da emancipação, criara um ideal de fragmentação territorial. Na prática, tal herança histórica ainda reflete na atualidade, cujos declínios sociais comuns aos do período regencial corroboram para o decréscimo no ideal de nação, o que provoca reflexão à sociedade emersa ao âmbito.     Por outro olhar, evidencia-se que a fraqueza na relação cidadão-pátria, no Brasil, perpetua-se ainda por intermédio de ações e contribuições sociais, que facilitam o declínio de tal laço. Acerca disso, destaca-se uma pesquisa elaborada pelo Jornal O GLOBO — na qual afirma que mais da metade dos brasileiros optam por comprar produtos estrangeiros frente aos nacionais, mesmo que ambos possuam o mesmo valor e aspecto material. Em suma, a incoerente problemática expõe o sentimento passivo de desvalorização de artefatos brasileiros e põe à tona a perduração de valores culturais da própria nação.    Impende, pois, que haja intensificação de medidas, as quais tenham como fim comum o fortalecimento do sentimento de pertencimento ao país e à valorização ao patrimônio histórico brasileiro. Dessa forma, cabe à mídia, por meio da ficção engajada, aumentar a quantidade de personagens e mecanismos fictícios, que habitualmente demonstrem aos cidadãos as riquezas naturais e culturais conterrâneas, com intuito de exalar nos indivíduos mecanismos abstratos, como o orgulho à pátria. Por conseguinte, sob aplicação de tal medida, construir-se-á um país pautado pela valorização dos ditames interiores e que, a partir disso, faria jus à ideologia romântica.