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Enviada em: 27/06/2019

O patrimônio relaciona-se a uma ideia de ''pater'', ou seja, o que é repassado, podendo obter valor econômico ou sentimental. Dessa forma, ao associar os elementos presentes em uma sociedade, construídos ao longo do tempo determinando a identidade cultural do povo, nota-se que está sendo bastante desvalorizado limitando as construções das memórias históricas. Além disso, é perceptível que o Estado negligencia o passado histórico de um gigante país miscigenado, pois não desenvolve uma educação visando preservação tanto material, quanto imaterial do território.    A princípio, na sociedade brasileira contemporânea há um conflito sobre a valorização dos legados históricos e o que será passado para as demais gerações, visto que a sociedade é dinâmica e variável. Na Idade Média, com o advento do cristianismo, houve uma mudança na ideia de patrimônio, porque na prática cristã houve imposição de novos hábitos compartilhados por diversas pessoas, sendo considerado comum entre os fieis. Soma-se a isso,  a desvalorização de outras religiões, evidenciando disputas e exclusão de grupos, considerados minorias.    Por conseguinte, é notório que há um esquecimento do Estado em questão do patrimônio como um todo. Segundo o escritor Lima Barreto em sua obra, "O triste fim de Policarpo Quaresma", mostra por meio do personagem um trecho em que ele foi envidado a um hospital psiquiátrico pelas autoridades da época, por tentar valorizar sua cultura. Nessa perspectiva, valorizar a cultura é uma forma de rememorar o passado que precisa se fazer presente, ação que não é reconhecida pelas autoridades, já que não preservam a cultura material em questão de preservação e manutenção, fazendo com que parte da população esqueça das relíquias.     Logo, compete ao Estado elaborar palestras que visem uma educação histórica da população, proporcionando também por meio das mídias a importância da preservação dos patrimônios e culturas para as gerações, com a finalidade de hierarquizar. Depois, recapitular passados oprimidos e omitidos, para que não venha se repetir muitas humilhações.