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Enviada em: 02/07/2019

O Brasil hodierno, foi erguido sob a égide do mito das 3 raças, o qual afirma a coexistência pacífica de brancos, negros e índios resultando na miscigenação cultural do país. De tal modo, é verdade a assertiva da riqueza cultural da nação, como também é sabido que avanços importantes foram alcançados no tangente à tal preservação. Todavia, a escassez da manutenção dos meios preservativos, sobretudo, no campo material, é um obstáculo para a aplicabilidade da preservação do patrimônio histórico-cultural brasileiro. Mormente, é preciso conhecer o que foi feito para reivindicar o que ainda é lacunoso. Desse modo, é louvável estar ciente a respeito dos avanços brasileiros no campo da preservação patrimonial. Assim, alguns exemplos estão no cotidiano e, por desatenção, não são percebidos. Prova disto é o estabelecimento de datas comemorativas, dentre as quais estão: dia do índio e dia da consciência negra, que reverberam iniciativas exemplares no campo teórico. Entretanto, é necessário expandir a efetividade de tais atos para a prática cotidiana. Destarte, a escassez de métodos mais eficazes da manutenção de tal preservação, acarreta problemas refletidos no dia a dia, sobretudo, no que tange o patrimônio material. Dito isso, a demarcação de terras indígenas e o ocorrido recentemente no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, são exemplos negativos desta questão. Uma vez que, no primeiro, o Estado apenas demarca o território sem necessariamente aplicar o auxílio necessário para sua plena existência. Já no segundo, a falta de investimentos em segurança e estrutura resultaram no trágico incêndio. Torna-se claro, portanto, que embora avanços no campo da preservação do patrimônio histórico-cultural do Brasil sejam realidade, medidas são necessárias para o aumento da eficácia de sua manutenção. É imperioso, porém, que o Ministério da Cultura aumente a fiscalização de tais traços fulcrais da cultura do país, com a confecção de relatórios e demarcação de locais que necessitam de reparos, no intuito de mitigar cada vez mais a ocorrência de tais tragédias. Não obstante, o Ministério da Educação deve fornecer cartilhas a serem trabalhadas nas escolas, através de palestras e seminários, com fito de demonstrar que a preservação da cultura de um país está aquém do reconhecimento de datas comemorativas, mas sim, na promoção de uma cultura do respeito.