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Enviada em: 03/07/2019

''Uma máquina térmica jamais alcançará o rendimento de 100%''. Sadi Carnot, físico francês, é autor do princípio supracitado - um axioma simples, o qual enuncia que, devido ao aumento de entalpia, o rendimento máximo de uma máquina é 30%. Nesse sentido, essa análise é concomitante à preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro, ou seja, a forte desvalorização é o ''aumento de entalpia'' que fomenta negativamente a questão e impede sua proficiência e rendimento absoluto. Então, faz-se mister analisar o porquê isso ocorre e viabilizar caminhos para combater esse problema.     Em primeiro plano, é premente destacar que a mente retrógrada e preconceituosa dos brasileiros causa a enorme desvalorização dos patrimônios; tal fato é, pois, oriundo da histórica disparidade em que o Brasil se constituiu. Sabe-se que a formação brasileira ocorreu por meio da miscigenação de negros africanos escravizados, índios e caucasianos - muitas vezes abusadores - ou seja, nossa nação se formou mediante atos perversos, crimes nefastos e imposição da imagem europeia. Nessa perspectiva, esse pespego impede a criação de um patrimônio histórico cultural legítimo e valorizado, porque os povos que formaram o país - os negros e os índios- são, simultaneamente, os que mais sofreram  nesse território. Tal fato é retratado através da primeira fase do Romantismo no Brasil - Geração Indianista - foi o único momento em que os indígenas representavam, historicamente, bastante importância aos brasileiros, como é representado em I-Juca-Pirama, o índio com aguerrida coragem.      Em segundo plano, diante esse vilipêndio, ratifica-se a educação como órgão formador de opinião e caráter, sendo assim, as escolas deveriam, em tese, ensinar aos indivíduos que a preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro é notoriamente crucial para a criação de uma identidade nacional e, através disso, ''ceifar'' essa ojeriza que não é contemporânea. Logo, faz-se importante, também, a análise de Pitágoras, que afirma: ''educai as crianças e não será necessário punir os homens''. Não obstante, o Brasil não apresenta apenas aspectos negativos em relação à temática, tendo em vista que, em 1934, criou-se a ''Lei do Tombamento'', que foi um importante precursor da proteção ao patrimônio  histórico, artístico e cultural tupiniquim, proporcionando-se, então, a preservação desses âmbitos.      Infere-se, portanto, que o Ministério da Educação deve, por meio de verbas governamentais, criar campanhas informativas que visem ensinar tanto às crianças quanto à população a necessidade da preservação de nosso patrimônio cultural e, nas escolas, proporcionar debates que abordarão esse problema para viabilizar caminhos que objetivem combatê-lo. Destarte, com o proprósito de, à luz do Princípio de Carnot, objetivar-se o equilíbrio e rendimento favorável em relação à aceitação e cuidados com a história, cultura e arte da pátria brasileira.