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Enviada em: 06/07/2019

Em 1808, com a vinda da Família Real para o Brasil, o país presenciou uma forte valorização da cultura e das artes, sobretudo com a criação de museus, teatros e bibliotecas. Atualmente, contudo, o Brasil vivencia uma fase de grande desvalorização de seu patrimônio histórico brasileiro, causado, principalmente, pela influência e supervalorização de expressões culturais externas, bem como pelo descaso governamental com a preservação do patrimônio cultural brasileiro.   É importante pontuar, de início, que de acordo com a teoria da Indústria Cultural, proposta pelos pensadores da escola de Frankfurt, a sociedade tem vivenciado uma mercantilização da cultura, em que a padronização mundial de preferências artísticas tem sido valorizada para a obtenção de lucro. Em decorrência disso, observa-se uma depreciação das manifestações culturais típicas brasileiras, já que não há, por parte da mídia e do Estado, incentivo ao conhecimento e apreciação das diferentes culturas brasileiras. Com isso, a supervalorização de produções artísticas externas tem sido  ressaltada em detrimento do patrimônio histórico imaterial brasileiro.    Ademais, é importante destacar, ainda, que o descaso do governo do país com a preservação de patrimônios materiais também tem influenciado na desvalorização da cultura brasileira. Isso se deve a escassa destinação de recursos financeiros à manutenção e preservação de monumentos, o que coloca as edificações culturais em risco. Exemplo disso foi o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, herança do Período Joanino, que por descaso na manutenção de sua infraestrutura foi submetido a danos irreparáveis.   Frente ao exposto, fica evidente a urgência em garantir a valorização do patrimônio histórico cultural brasileiro. Para isso, a mídia deve investir na criação e veiculação de campanhas que abordem acerca da riqueza da cultura do país, a fim de garantir  que a sociedade tenha consciência da importância  da valorização da identidade cultural brasileira. Além disso, o Governo Federal deve, por meio de maior destinação de verbas, assegurar a manutenção da infraestrutura dos bens culturais materiais, para que, assim, a memória cultural brasileira seja, de fato, um patrimônio nacional.