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Enviada em: 11/08/2019

A partir da invasão portuguesa, no século XVI, os nativos passaram por uma gama de imposições dos colonizadores. Sendo que estes, colocavam seus valores e cultura como conduta correta a se seguir, com isso, vetavam o direto do outro a liberdade de escolha; ocorrendo-se, assim, a desvalorização do nacional. No hodierno cenário, a preservação do patrimônio histórico cultural apresenta como impasse a falta de identidade cultural brasileira devido a soberania da cultura exterior e pela falta de educação cultural escolar.        Em primeiro plano, evidencia-se a falta de engajamento sociogovernamental na preservação do meio que pertence a todos. Isso, enquadra-se ao analisar dois incêndios que marcaram o começo de 2019: a queima do Museu Nacional no Rio de Janeiro e da Catedral de Notre-Dame em Paris. O primeiro, não gerou grande comoção nacional, sendo causado pelo descaso na manutenção adequada. Já o segundo, chocou muitos brasileiros, visto que eles estabeleceram um sentimento de conexão com o referido, mesmo que nunca tenham visitado. Logo, reflete-se a soberania da cultura do colonizador.                            Simultaneamente, transparece-se a deficiência Estatal na educação em instruir os alunos no que  concerne sua própria cultura, pois o enraizamento da cultura exterior prevalece e tem a globalização como aliada para sua disseminação. Além disso, o Governo atual, presidido por Jair Bolsonaro, extinguiu o Ministério da Cultura, este criado a 33 anos com o fito de preservar e valorizar a história materializada nacional. Por cúmulo, vê-se o descaso e a falta de identidade histórico-cultural banalizado e difundido pela nação.         Infere-se, portanto, que medidas devem ser propostas para mitigar o problema. Para que ocorra a preservação do patrimônio cultural brasileiro, urge que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), insira na Base Curricular uma maior carga horária, com início na educação de base, de aulas voltadas ao conhecimento do nacional, desde suas raízes indígenas, como também, músicas, lendas e heróis locais, dentre outros. Com o fito de estabelecer uma conexão com o meio, e como isso, levar ao interesse em conservar sua cultura materializada. Ademais, através de aparatos midiático-cibernéticos, o MEC deve difundir conteúdos culturais, estes por exemplo, através de documentários e jogos instrutivos.