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Enviada em: 10/07/2019

Desde o surgimento da escrita, desenvolvida pelos sumérios na Mesopotâmia, o registro escrito tornou-se importante para inúmeras atividades cotidianas, inclusive nos relatos de acontecimentos e costumes que ao serem analisados, nos possibilitam estabelecer relações comparativas entre passado e presente. Esses registros, nao apenas escritos, mas também falados, representados em esculturas, entre outras diversas formas constituem a história de um povo, que deve ser enaltecida e preservada. A partir disso, torna-se pertinente refletir a respeito da preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro, sobretudo no que tange ao modo como o povo se relaciona com esse patrimônio, a fim de construir caminhos que promovam o reconhecimento do passado como um instrumento do presente.   Para se compreender esse quadro complexo, é imprescindível reconhecer que o patrimônio histórico cultural brasileiro sofreu seletividade intencional praticada pela elite, de modo que muitos elementos históricos não geram a sensação de pertencimento no povo. Decerto, essa falta de representação identitária foi trabalhada pelo antropólogo Darcy Ribeiro ao dizer que ao curso da história, toda manifestação cultural discrepante da classe dominante foi suprimida, demonstrando o predomínio de manifestações históricas que interessam a uma parcela mínima da sociedade e entendendo-se que um povo que não se identifica com a história não se interessa em preservá-la nem estudá-la.   Resulta desse processo não somente a ausência de representação identitária, mas também a falta de investimento do governo na preservação de monumentos importantes para a história brasileira, tratando-os com descaso e como um setor que não requer investimentos além do básico. O descaso das autoridades é tamanho que resulta em grandes tragédias como o incêndio do Museu da Língua Portuguesa em 2015 e do Museu Nacional 3 anos depois, retratando o conceito de que a preservação histórica não é uma prioridade para o brasileiro. Sendo assim, os patrimônios históricos brasileiros tendem a seres cada vez mais deixados de lado, dando vez a um povo sem memórias antepassadas.   A partir disso, entende-se que a preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro necessita  incentivos na sociedade contemporânea, que prioriza o hoje, o agora. Portanto, é pontual que o Ministério da Educação promova a representação identitária nos alunos, por meio de métodos interativos de lecionar conteúdos de história e ressaltar culturais, usufruindo das escolas como um espaço de formação de conhecimento. Ademais, cabe ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional garantir os investimentos necessários para a manutenção e criação de novos elementos identitários importantes para a história brasileira. Esse trabalho pode ser realizado com replanejamento de gastos aliado a projetos sociais que destaquem características e costumes atuais do povo brasileiro . atualidade.