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Enviada em: 08/07/2019

No livro "Fahrenheint 451" de Ray Bradbury é retratada uma sociedade entorpecida e alienada,principalmente,pela extinção de livros que eram queimados por ordem do governo.Paralelamente, no atual século XXI,em consonância com a distopia de Bradbury existe uma inegável negligência com o patrimônio histórico cultural brasileiro,que deve ser combatida.Nesse contexto,é necessário defender a difusão cultural e rejeitar o "bovarismo brasileiro" que fomenta a desvalorização de elementos da identidade nacional.        Em primeiro lugar, a difusão cultural atua como uma ferramenta contra alienação, pois a realidade social em que se vive só pode ser compreendida através da noção de cultura. Nesse sentido,retomando "Fahrenheint 451" fica claro que a alienação da população dessa distopia era resultado da ausência de livros, tornando-os omissos e passíveis à manipulação. Desse modo, o patrimônio histórico cultural tem função similar aos livros na distopia,o de esclarecimento, por exemplo,o Centro Histórico de Salvador expressa a existência e a importância africana para a construção do Brasil,desconstruindo o preconceito.      Outrossim,o " bovarismo brasileiro" é um empecilho para a conscientização da importância da preservação do patrimônio histórico,visto que essa visão descaracteriza o Brasil e rejeita uma identidade genuína enquanto exalta características estrangeiras. Dessa forma, é necessário um resgate de uma postura nacionalista para se contrapor a uma cultura de massa que tenta inviabilizar a construção da identidade nacional brasileira.         Em suma, a preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro faz-se necessária para fomentar uma consciência da realidade social. Dessarte, cabe ao Estado ampliar a Lei Rouanet,por meio de projeto de lei, que vise não só a preservação como também a proteção,além de captar recursos de qualquer atividade privada em espaço público para aplicação no projeto, com fito de difundir a cultura e mitigar o bovarismo.