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Enviada em: 23/05/2018

Dois pesos e duas medidas      É diário o calvário de  usuários de serviços públicos de transporte no Brasil. Em todas as modalidades o serviço oferecido é caro e de pouca qualidade o que tem efeito desmagnetizador e não consegue superar ou nossa cultura ostensiva da compra de carro. Esses fatores aliados a uma infraestrutura rodoviária deficiente à mobilidade proporciona os famosos gargalos nas grande cidades; e aprofundam os problemas de saúde e ambientais.       Em 1901 chegou ao Brasil o primeiro carro que logo foi tornado objeto de status social. Essa ideia passou a cultura, reforçada desde os governos rodoviaristas, o que corrobora com a baixa popularidade do transporte público, além da saturação das vias públicas, uma das principais matérias em jornais matutinos brasileiros. Também contribui para o crescente aumento de poluentes no meio ambiente que corroboram com o efeito estufa e o aumento de problemas de saúde na população de acordo com a OMS. Apesar dos problemas supracitados a sociedade continua a aprofundar o caos da mobilidade urbana.       A utilização de transporte público é uma forma de solucionar o caos em contínua ascenção, mas nada disso é possível se continuar a existir dois pesos e duas medidas. O que parece combinado: alto custo de passagem, grande demanda, frota reduzida, frequentes atrasos e superlotação; ao mesmo tempo que a compra de um  automóvel é atrativa pela facilidade e flexibilidade de financiamento. Deste modo só é possível equilibrar a balança proporcionando uma alternativa de melhor custo benefício e equidade.      Diante do exposto fica evidente a necessidade e importância de se melhorar o serviço de transporte público no país por meio de legislação. Estabelecendo a frota mínima, dentro da necessidade de cada município, alem de custo de viagem consoante ao bolso do trabalhador; regulação da quantidade máxima de passageiros e  estabelecimento de regras mais rígidas quanto ao ressarcimento e compensação ao passageiro lesado. Tais medidas devem ser executada e fiscalizadas  pelo Ministério dos Transportes em conjunto ao Ministério das Cidades para que as lotações públicas sejam de fato uma alternativa de locomoção e não um calvário a ser enfrentado todos os dias.