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Enviada em: 08/06/2018

Desde os processos denominados “revoluções industriais” e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Ao se pensar a respeito dos desafios do transporte público urbano, é possível afirmar que não é uma invenção atual. A problemática permanece ligada à realidade do país, seja pela grande demanda de usuários, acompanhada pelo baixo investimento em relação ao transporte. Nesse sentido, convém analisar as principais consequências de tal conduta para a sociedade.   É irrefutável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, inúmeras pessoas necessitam do uso do transporte público, limitando essa harmonia, a exemplo, da migração pendular, termo dado a pessoas que precisam utilizar o transporte público para locomoção de uma cidade a outra, seja por fim, trabalhista ou estudantil. Fica claro quando observa-se a cidade de Campo Largo, qual possui apenas uma universidade, assim não abrange toda população, fazendo com que vários estudantes necessitem usar os transportes caóticos e lotados por horas.    Desse modo, não apenas a superlotação, como também a má estrutura, como impulsionador do problema, é um fator importante para a reflexão. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade. Acompanhando essa linha de pensamento, observa-se que segundo o site revista bicicleta, o uso do transporte público demora em média 35 minutos para percorrer 4,5 km, levando em consideração a grande quantidade de passageiros e o preço alto das tarifas, o bem estar da população é comprometido, pois alguns fatores de riscos são alarmantes, como a alta criminalidade, péssimas condições das ruas, bancos degradados e os maus cuidados com tais.   É notório, portanto, que ainda há entraves para assegurar a solidificação de políticas que tendam à construção de um mundo melhor. Destarte, é necessário que a Receita Federal diminua os impostos de empresas que ajudem a melhoria dos transportes, como também adicionem mais transportes alternativos. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir à sociedade civil, como familiares, estudantes, palestras de núcleos culturais gratuitos em praças públicas, ministradas por educadores, que discutam o combate ao vandalismo público e da importância dos cuidados com tal, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus e que não caminhe para um futuro degradante.