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Enviada em: 29/10/2018

"Stop. A vida parou ou foi o automóvel?" Em poucas palavras o poeta Carlos Drummond de Andrade expressou a dependência da sociedade brasileira em relação ao transporte. No Brasil, a mobilidade urbana está comprometida, afetando a vida dos cidadãos de modo negativo e tornando-se um dos gargalos do desenvolvimento do país.  Considera-se, antes de tudo, a dependência brasileira com o modal rodoviário. Isso iniciou-se com o ex-presidente Washington Luis com o seu lema "Governar é abrir estradas" e foi agravado por Juscelino Kubitschek, ao priorizar o rodoviarismo em detrimento dos outros modais.  Pois, assim, atrairia empresas automotivas para o país, ajudando na industrialização. Em decorrência disso, ainda hoje, há o sucateamento e baixos investimentos em outros modais como o ferroviário e o hidroviário. Além do incentivo à compra de carros, em detrimento do transporte coletivo, o que piora o transito das cidades.  Outrossim, o caos urbano implica no comprometimento da saúde e da qualidade de vida da população. Pois, com muitos veículos, que geralmente transportam uma pessoa, ocorrem mais engarrafamentos, aumentando a liberação de poluentes pela queima de combustível, causando problemas respiratórios e estresse, além de danos ambientais como inversão térmica e contribuindo para o aquecimento global. Isso também implica numa piora dos serviços, pois devido ao tempo de deslocamento há uma diminuição da qualidade e da possibilidade de atividades, diminuindo assim a competitividade da urbe e eventualmente levando novas empresas a se instalar em uma cidade com melhor mobilidade.  Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para alterar esse quadro e tornar viável o transporte coletivo. Para isso, o ministério dos transportes deve fazer propagandas educativas na tv, rádio e redes sociais para mudar a lógica individualista do uso de carro para só um pessoa, incentivando o uso de transporte coletivos como o metrô e os ônibus, além de bicicletas. Paralelamente a isso, deve se aumentar os investimentos para ampliar a quantidade de ônibus, melhorar as rotas, construir e aumentar o metrô nas cidades que o comportam e construir ciclovias. Além de educar a população por meio de propagandas, nas mídias sociais, para respeitar as leis do transito. Dessa forma, as cidades melhorarão a sua mobilidade e a vida não vai mais parar pelo automóvel.