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Enviada em: 23/10/2018

Os protestos de 2013, contra o aumento da passagem de ônibus, em São Paulo, movimentaram milhares de manifestantes nas ruas da cidade, posteriormente, espalhando-se pelo Brasil. Nesse contexto, evidencia-se o descontentamento civil diante dos constantes aumentos na passagem, injustificáveis, visto que o serviço é extremamente precário. Portanto, o desestímulo na utilização do transporte público permite que a expansão do uso de automóveis continue afetando a mobilidade urbana e o ambiente. Em primeira análise, deve-se salientar, que com o advento da Globalização, o incentivo na aquisição de automóveis, haja vista os créditos e financiamentos, propiciou o cenário de desestímulo ao transporte coletivo, pois a superlotação e sucateamento desse meio de transporte tornam-o repulsivo à sociedade. Soma-se a isso, o descontentamento civil, diante dos periódicos aumentos na passagem de ônibus e metros, porém, sem melhorias no sistema. Fica evidente, portanto, que a mobilidade urbana, principalmente nas metrópoles, torna-se afetada com o crescente número de automóveis congestionando vias e, inclusive, emitindo grandes quantidades de gases, como monóxido de carbono, prejudicial a saúde. Além disso, vale pontuar que já afirmava Aristóteles, em sua obra ''Ética a Nicômaco'', que a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos. sob essa ótica, nota-se que o Estado brasileiro fere esse direito, visto que o ínfimo investimento no setor de transporte alternativo, como ciclovias, impossibilita a melhor qualidade de vida do cidadão. Logo, a ineficiência de transportes sustentáveis agrava o lastimável cenário de poluição ambiental. Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre União e mídia, tendo em vista a veiculação de campanhas nacionais que estimulem o cidadão a utilizar meios de transporte alternativos, benéficos a sociedade e ambiente. Ademais, o Governo deve subsidiar, mediante arrecadação de impostos, a criação de ciclovias em todas as cidades, no intuito de disponibiliza-las ao cidadão, além de investir em melhorias no transporte coletivo, como ampliação das frotas de ônibus, estimulando o uso civil.