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Enviada em: 14/05/2017

Insegurança. Superlotação. Atrasos. Esses são apenas alguns dos problemas enfrentados por quem utiliza o transporte público brasileiro. A lamentável situação desse serviço básico é reflexo do descaso do Estado e, diante disso, torna-se necessário debater acerca das causas e das consequências do problema, bem como maneiras de mitigá-lo.        Sendo assim, é preciso pontuar, de início, a insegurança e a falta de infraestrutura eficiente. A ubíqua sensação de vulnerabilidade compromete o bem-estar dos cidadãos. Assaltos e arrastões são comuns e, além desses, agressões abrem palco para a célebre frase de Jean-Paul Sartre: “A violência é sempre uma derrota”. A ineficiente infraestrutura prejudica toda a malha rodoviária, além de causar atrasos, agravando ainda mais o problema.        Ademais, a estigmatização sofrida pelos meios de transporte público é amplificada pela supervalorização da posse de automóveis. O consumo exacerbado promovido resulta na criação de um status vinculado com a obtenção de um carro; desse modo, fica evidente o desprezo direcionado ao transporte coletivo. Ainda, o uso do carro para percorrer pequenas distâncias, no lugar da bicicleta, por exemplo, contribui para o congestionamento das vias urbanas.        Portanto, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Cabe ao Estado investir em melhores condições para o transporte público e para a malha rodoviária, como melhorias na segurança dos ônibus e a manutenção de estradas, respectivamente. O Estado também deve realizar a construção de ciclovias, cabendo à sociedade o uso das pistas. O indivíduo, por sua vez, possui o importante papel de utilizar esse meio a fim de deslocar-se por curtas distâncias. Dessa forma, caminharemos para a criação de um melhor transporte coletivo e de uma circulação urbana mais livre.