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Enviada em: 04/07/2017

A contemporaneidade, marcada pela globalização e pela intensificação da urbanização, permitiu o avanço espacial e estrutural das cidades. Ao mesmo tempo, fomentou a necessidade de um planejamento urbano ideal. No Brasil, a fragilidade desse processo foi determinante para a precariedade do transporte público, colocando em xeque a mobilidade urbana.                        Em primeira análise, é válido ressaltar os reflexos da precariedade dos transportes públicos nas cidades brasileiras. A esse respeito, relaciona-se a superlotação dos ônibus e metrôs, além da insegurança, a falta de suporte aos deficientes físicos, os emblemáticos atrasos e os longos deslocamentos. Em virtude disso, ocorre um estímulo à utilização do transporte individual privado, com maiores custos, mas com maior flexibilidade de horários e conforto. Isso constata-se em uma realidade de consequentes gargalos crônicos, tornando os movimentos inviabilizados.                     Na esteira do processo de manutenção da precariedade do transporte público, alude-se à displicência dos órgãos responsáveis. Isso porque, a ausência de um planejamento urbano eficiente do governo, equiparado aos monopólios de empresas de transportes municipais configura conflitos de interesses entre grandes representantes, em que a população é a principal vítima. Nesse contexto, sustenta-se a baixa qualidade de serviços, que não suprem a demanda, e altas tarifas, tornando o transporte público um agravante para muitas pessoas.                     Torna-se evidente, portanto, a precariedade do transporte público no Brasil. Diante disso, é essencial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre os segmentos do Poder Público, envolvendo os governos federais e estaduais e municipais. É imperiosa a elaboração de projetos estruturais eficientes e sustentáveis que utilizem a energia renovável nos automóveis. Deve-se direcionar medidas visando o aumento do número de meios de transportes coletivos suficientes para a demanda, a criação de condições para a utilização de transportes alternativos como bicicletas e monotrilhos e a construção de passarelas especiais para os ônibus. Faz-se necessária a aplicação pelo Governo de multas referentes a atrasos e a manutenção de uma fiscalização atuante e permanente pelas Prefeituras. A articulação dessa pluralidade é fundamental para a elevação da qualidade de vida urbana.