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Enviada em: 24/07/2017

A dignidade da pessoa humana,fundamento previsto na Constituição Federal,assegura ao homem um mínimo de direitos que devem ser respeitados a fim de preservar a valorização do ser humano.No entanto,à medida que o país se tornou urbanizado,a falta de planejamento acarretou no cenário caótico acerca da mobilidade urbana,ferindo assim os direitos dos indivíduos.Logo,compreender os aspectos que dificultam o ir e vir da sociedade é crucial para alcançar melhorias.     Em primeiro lugar,é importante analisar a precariedade dos meios de transporte.A superlotação dos veículos coletivos e o longo tempo de deslocamento são situações comuns no dia-a-dia dos usuários,que sofrem com a falta de conforto e pontualidade. Além disso,o preço das passagens é elevado,incompatível com o serviço ofertado e,sobretudo,com a renda dos trabalhadores.Vale salientar, também,a dificuldade enfrentada por passageiros deficientes,uma vez que a acessibilidade ainda não é realidade em todos os coletivos. Sendo assim,os indivíduos pagam caro por um serviço que não garante a inclusão e o bem-estar social.     É fundamental pontuar,ainda,os impactos da cultura automobilística no país.Desde o governo JK, ocorreu a supervalorização do veículo próprio, objeto de desejo para muitos brasileiros como forma de escapar dos problemas do transporte público e,de certa forma,mostrar ascensão social.No entanto,o inchaço de carros nas ruas vai de encontro às possíveis melhorias das viagens, alimentando unicamente o ego do indivíduo em detrimento da coletividade. Ademais,há pouco incentivo aos meios de transporte alternativos,como as bicicletas, bondes e teleféricos, que não só melhoram o tráfego, como também a qualidade de vida dos cidadãos.     Torna-se evidente,portanto, os elementos que colaboram para o atual quadro negativo do país. Cabe ao Governo federal aliado aos municípios ampliar as frotas,tornando-as compatível com a demanda das linhas,além da aplicação de medidas restritivas,como faixas especiais para ônibus e,também,a acessibilidade dos veículos como forma de garantir a inclusão.Além disso,para que tenha efeito, é importante que haja rigor nos horários e preços acessíveis à todos.Ademais,é válido a implantação de meios alternativos que respeitem a natureza de cada estado.Soma-se a isso,o papel da mídia e das ONG's na conscientização quanto ao uso dos carros.Só assim, a integridade dos indivíduos será respeitada.