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Enviada em: 04/08/2017

Em meados do século XX, o escritor Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista. Empolgado e bem recebido na potencial nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é repetido até hoje: "Brasil, o país do futuro". Entretanto, quando se observa os desafios do transporte público brasileiro, percebe-se que a profecia não se cumpriu. Nesse sentido, é preciso entender as causas para solucionar esse problema.       A princípio, as péssimas condições de infraestrutura das vias urbanas do país acentuam a problemática. Nesse contexto, com a intensificação do modelo rodoviarista, observa-se que as condições precárias e ineficientes das rodovias produzem uma desarticulação da malha de fluxo dos transportes, gerando longos congestionamentos e "engessamento" das grandes cidades. Além disso, os efeitos negativos são estendidos para para economia e sociedade dos núcleos urbanos.       Outrossim, o aumento da frota de automóveis acentuou a dificuldade de locomoção. Destarte, a partir da década 50, com o governo de Juscelino Kubitschek, houve uma valorização acentuada do modelo de transporte feito por carros. Consequência histórica disso está no aumento da frota com ,por conseguinte, produção de engarrafamentos "quilométricos" em cidades de grande porte. Do outro lado, na contramão dessa realidade estão as nações europeias desenvolvidas que investem maciçamente em metrôs e trens, transportando mais pessoas e com mais qualidade.  O combate à problemática do transporte público, portanto, deve tornar-se efetivo, uma vez que representa um retrocesso social e econômico. Assim, o Ministério dos Transportes deve reformar as rodovias com intuito de melhorar o fluxo de transportes. Além disso, urge que a mídia, por meio de campanhas, precisa estimular o uso de bicicletas e da "carona solidária", reduzindo, assim, a quantidade de automóveis circulando. Por fim, com essas medidas, talvez,a profecia de Zweig torne-se realidade no presente.