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Enviada em: 12/08/2017

O transporte sofreu inúmeras mudanças ao longo do tempo, principalmente após a Revolução Industrial, fato que possibilitou acentuadas inovações nesse setor. Evidência dessas inovações foi o primeiro ônibus movido a gasolina, que no Brasil, trafegou pela primeira vez em 1908, no Rio de Janeiro. A partir de então, paralelamente às novas tecnologias, surgiram problemas e desafios no transporte público urbano, que possuem causas inerentes ao processo de desenvolvimento das cidades brasileiras.   Segundo Confúcio, é preciso estudar o passado para prever o futuro, e consequentemente, entender o presente. Sob essa perspectiva, é indubitável que as principais causas da precariedade da mobilidade urbana sejam oriundas do tipo de urbanização ocorrida no Brasil. Tal processo, deu-se em ritmo acelerado e, aliado ao intenso êxodo rural, resultou na falta de planejamento da maioria das cidades brasileiras.   Outrossim, destaca-se o grande número de veículos que trafegam diariamente nas vias urbanas, causando congestionamentos. Tal fato é consequência do modelo rodoviarista vigente que tem origem ainda no Governo JK, na década de 1950, período onde houve intensa influência das multinacionais automobilísticas instaladas no país, que pressionaram o governo a investir no setor rodoviário em detrimento das outras formas de locomoção em massa, como o bonde elétrico.   Portanto, entende-se que os problemas no transporte público urbano na contemporaneidade são fruto da falta de estrutura das cidades e da tendência do cidadão em locomover-se em automóveis. A fim de amenizar o problema, o Ministério das Cidades, através da ação das prefeituras, poderá realizar a construção de corredores exclusivos para os ônibus coletivos, além de incentivar a população, por meio de recursos televisivos na rede nacional, a participar do Dia Mundial Sem Carro. Afinal, locomover-se é sinônimo do que escreveu Caio Fernando de Abreu: "Uma pressa, uma urgência".