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Enviada em: 29/08/2017

Não é difícil lembrar de pessoas que adquirem automóveis utilizando a precariedade do transporte coletivo como principal justificativa. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade onde há a ausência de políticas públicas que beneficiem esse tipo de locomoção. Nesse contexto, é inquestionável que o transporte público urbano apresente problemas e desafios, entre os quais é pertinente destacar a falta de segurança e a escassez de investimentos que tem tornado o serviço de baixa qualidade.        Um dos tópicos que devem ser abordados é falta de confiança que a população possui a respeito desse transporte. Esse fato pode ser comprovado através do crescente número de aquisições de carros nas última décadas. No Brasil, de acordo com dados do IBGE a frota automotiva, no ano de 2016, apresentava um valor próximo a 50 milhões de veículos. Nesse cenário, esse grande contingente se apresenta como um problema que afeta diretamente a mobilidade urbana, uma vez que torna o trânsito lento. Os indivíduos que dependem do transporte público são as principais vítimas dessa realidade, posto que, muitas vezes, perdem compromisso devido ao atraso dos ônibus. Dessa forma, torna-se imprescindível a alterações na legislação vigente que garantam os direitos dos usuários desse transporte.    Ademais, não há dúvidas que  os investimento na infra-estrutura das malhas rodoviárias dedicadas ao transporte coletivo sejam ineficientes. Historicamente o Brasil não foi idealizado visando a utilização do transporte público; a construção da maior parte das rodovias foi realizada durante o governo de Jucelino Kubistchek e tinha como objetivo principal aumentar a aquisição de automóveis. Esse legado constrói o grande desafio contemporâneo de melhoria no modal coletivo. A questão está longe de ser resolvida apenas com disponibilização de mais veículos, é necessário a criação de espaços dedicados ao uso exclusivo desse meio. Consequentemente, favorecendo uma maior utilização do serviço e em segundo plano resolvendo problemas como o trânsito urbano.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério Legislativo junto ao Ministério dos transportes devem criar uma regulamentação com penas a cerca do atraso de transportes públicos, onde o indivíduo terá restituição integral do valor da passagem se houver um atraso superior a 30 minutos. Dando continuidade, os governos municipais de metrópoles onde ocorra problemas de mobilidade urbana, devem criar um plano de implementação de vias exclusivas ao transporte público, com um prazo de duração de no máximo 5 anos. Só assim, o transporte público será uma alternativa segura e viável para a população.