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Enviada em: 27/10/2018

"O espaço é curto, quase um curral". Com essa frase, a música Rodo Cotidiano retrata a realidade de grande parcela da população brasileira dependente do transporte público urbano. Essa sofre com a super lotação,o congestionamento, o sucateamento, a falta de segurança e o atraso dos coletivos, problemas que tem como base o baixo investimento em infraestrutura no melhoramento da mobilidade urbana e desincentivam o uso desse meio de locomoção.    Primeiramente, cabe ressaltar que o rápido desenvolvimento desordenado do Brasil, após a Segunda Guerra, somado ao aumento do poder aquisitivo da população, durante o governo de Juscelino Kubitschek, como incentivo à compra de automóveis particulares, ainda influencia a sociedade brasileira hodierna. Isso se evidencia no descaso com o meio de locomoção coletivo, uma vez que, apesar de Constituição Federal de 1988 garantir investimentos para esse setor, isso não ocorre de maneira efetiva.        A importância do transporte público vai muito além do uso para a migração pendular. É um setor que não apenas pode gerar mais empregos, mas, também, pode resultar em menos gastos com a manutenção de estradas e com a saúde, pois incentivar seu uso resulta em menor poluição ambiental e sonora. Logo, com uma maior frota desses veículos e, principalmente, com a qualidade necessária para para locomover as pessoas de maneira segura, confortável e eficaz, o uso desse meio seria visto de maneira positiva pela população e engarrafamentos nas grandes metrópoles se tornariam mais incomuns.            Destarte, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Assim, cabe ao governo garantir que os investimentos sejam feitos de modo adequado para que a qualidade do transporte não apenas satisfaça a necessidade de locomoção de seus usuários, mas, também, os encante e, desse modo, os desencorajem a adquirir veículos particulares. Ademais parte desses investimentos devem ser destinados para a implementação de vias exclusivas para ônibus e para aumentar a frota destes mesmos. Concomitantemente, a mídia, como formadora de opiniões,em parcerias com ONGs relacionadas a saúde e meio ambiente,  deve promover uma imagem positiva do transporte público incentivando seu uso. Desse modo, a Constituição Federal poderá de fato garantir aos brasileiros o direito de ir e vir de modo satisfatorio.