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Enviada em: 02/10/2017

Privatizado na maioria das cidades, o transporte público urbano brasileiro encontra-se em evidente colapso. Tanto do ponto de vista ecológico quanto social, há a constatação de que esse, além de ineficiente, é extremamente custoso ao bolso do trabalhador. Nesse sentido, convém analisarmos os principais desafios enfrentados pela população diante desta necessidade.        Monopolizada na mão de empresários, a rede pública de transporte mostra-se precária e não suficiente frente à seus usuários. Seguindo as ideias marxianas, a classe detentora do poder sempre haverá de impor seus desígnios sobre uma classe dominada, nesse caso, os donos das empresas de transporte impõem uma qualidade abaixo do que o preço cobrado pelo serviço determina, visto que, em todas as hipóteses, o trabalhador não tem outra opção para seu deslocamento e acaba por aceitar, compulsoriamente, esse desígnio.       Não obstante, a deficiente mobilidade nos grandes centros urbanos corrobora exponencialmente com o problema, tendo em vista que, além de ter de utilizar um meio sem nenhum conforto, a configuração desregulada do trânsito gera congestionamentos e aumenta o tempo do trajeto extraordinariamente.       Parafraseando o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, melhorar ou não o trânsito de uma cidade só depende de uma decisão política. Logo, cabe ao Governo, em todas as esferas, a cobrança de uma melhor qualidade prestada diante às empresas, utilizando a população como fiscal, a fim de beneficiá-la quanto à suas reivindicações. Em consonância, as próprias empresas devem investir em pesquisa e tecnologia, visando o melhoramento de sua frota juntamente ao mapeamento das necessidades de cada cidade em especial, o que trará benefício tanto no lucro, quanto na aceitação popular.