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Enviada em: 03/08/2019

É comum pessoas de outros países terem uma imagem do Brasil como um território cercado por matas e animais silvestres. Tal idealização se deve ao fato de grande parte da Floresta Amazônica estar localizada em solo brasileiro. Nesse sentido, se todos reconhecem a grandiosidade desse bioma, sua proteção deve ser responsabilidade de todos os países e não apenas do Brasil. No entanto, essa premissa tem sido ameaçada devido a uma onda de conservadorismo de grandes líderes e a uma falta de informação sobre como questões do meio ambiente afetam o planeta como um todo.       A princípio, é preciso ressaltar como algumas atitudes de líderes políticos prejudicam a conscientização a respeito de assuntos ambientais. Nesse contexto, inclui-se o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o qual já deu declarações na rede social Twitter que o aquecimento global não existe. Além dele, o atual presidente Jair Bolsonaro também nega as mudanças climáticas e já afirmou a jornalistas que dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que monitora o desmatamento, são todos manipulados. Dessa forma, tais posicionamentos conservadores influenciam a opinião pública e transmitem a ideia de que não há nada errado em continuar extraindo recursos de forma não sustentável, o que, inevitavelmente, agrava o problema da conservação da Floresta Amazônica.       Somado a isso, convém salientar uma falha educacional sobre o funcionamento do clima. Sob esse aspecto, é comum que jovens se formem sem conhecimentos básicos de geografia física. Por conseguinte, não entendem a necessidade de se preservar a Amazônia e não sabem que se trata de uma questão com impactos globais. Acerca disso, vale citar como exemplo as ondas de calor na Europa que vêm batendo recordes de temperatura e comprovam como o clima de todo o planeta pode mudar diante de índices alarmantes de desmatamento como os dos últimos anos. Logo, é necessária uma intervenção educacional, pois, como afirmou o filósofo John Locke em sua teoria da tábula rasa, todos têm capacidade de adquirir qualquer conhecimento, bastando, apenas, uma boa educação.       Fica claro, portanto, que a necessidade de proteção do bioma em questão ultrapassa fronteiras. Para atingir essa máxima, a Organização das Nações Unidas deve promover uma campanha de alerta sobre mudanças climáticas e o papel da Amazônia nesse âmbito, por meio de propagandas que contenham dados de pesquisadores expostos de maneira didática com gráficos e imagens, de forma a contestar afirmações de políticos que atrapalham a preservação ambiental. Ademais, cabe ao Ministério da Educação incluir na grade curricular atividades lúdicas como semanas temáticas, mostras culturais e convenções intercolegiais sobre geografia que ensinem os alunos o equilíbrio interligado dos ecossistemas, com vistas a expandir para todos a responsabilidade de proteger a Floresta Amazônica.