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Enviada em: 27/08/2019

A falta de cuidados para com o meio ambiente remete ao que o escritor Jean Baudrillard abordou em “À sombra das minorias silenciosas”, com a visão de uma sociedade irracional e segregada. Analogamente, a indiferença humana em torno da área ambiental estabelece limites nas relações entre os homens. Essa negligência social afeta, inclusive, a população mundial. É nesse viés que a problemática da falta de preservação da Floresta Amazônica aponta a falta de consciência coletiva nos atuais paradigmas do Brasil.     Em primeira análise, as causas do desmatamento em território amazônico podem ser observadas sob perspectivas sociais e humanas, tendo em vista que se tornaram reflexos da perpetuação do individualismo no tecido social brasileiro. A extração de recursos naturais e a agropecuária são grandes responsáveis pelas áreas desmatadas na região Norte. A busca por crescimento econômico tem afetado diretamente esse bioma sul-americano. Dessa forma, percebe-se, na área da ambiental, uma falência de ideologias que confirmam a visão de Baudrillard.     Evidentemente, é preciso salientar os impactos para a população mundial. A Floresta Amazônica, além de possuir a maior biodiversidade em espécies da fauna e da flora, é muito importante no processo de absorção de gás carbônico pela fotossíntese, o que ajuda na diminuição de gases poluentes na atmosfera. Sob esse contexto, é certo declarar que a população mundial apresenta uma completa inversão de valores ao não proteger a Floresta Amazônica. Além disso, esse bioma participa do controle hídrico e climático de todo o planeta. Dessa maneira, ao analisar a importância da maior floresta equatorial do mundo, pode-se dizer que há uma relação de interdependência entre a sociedade, como teorizada pelo sociólogo alemão Norbert Elias.        Fica claro, portanto, que os preceitos elementares entre indivíduo e sociedade, assegurados pela teia de interdependência de Elias, devem ser explorados de forma que a população brasileira adquira novos valores de cidadania acerca da Floresta Amazônica. Nessa perspectiva, faz-se necessário que o Ministério da Educação –em parceria com instituições privadas- promova a criação de vídeos e de enquetes, por meio de plataformas digitais, com discussões e debates desenvolvidos por profissionais da área sobre a importância da preservação ambiental, de forma que a Educação Social desperte a preocupação e o conhecimento da população, já que se observa uma alteração nos padrões sociais brasileiros. Afinal, segundo o autor norte-americano Skinner, a educação sobrevive mesmo quando todo o resto aprendido é esquecido.