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Enviada em: 04/08/2019

O filósofo inglês, Thomas Hobbes, teorizou estado de natureza do homem. A frase “O homem é o lobo do próprio homem”, sendo nocivo a si próprio e também a outras espécies. A execrável diminuição do território recoberto pela floresta nos arremete ao questionamento de quem tem o dever de mantê-la conservada.        O avanço da fronteira agrícola e a derrocada dos órgãos fiscalizadores tem aleijado a capacidade do Brasil em proteger seu bioma, mesmo com investimento estrangeiro. Primeiramente, é preciso ratificar o avanço despudorado da fronteira agrícola no país. Devido principalmente as políticas públicas praticadas pela “bancada ruralista” – agroempreendedores em cargos do poder legislativo e judiciário -, tornando assim, a capacidade de preservação da floresta amazônica pelo governo altamente questionável. O Brasil por possuir a parte deste bioma, deveria ser o principal mantenedor do mesmo, entretanto, segundo pesquisas do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - é o país que mais desmata florestas no mundo, chegando a marcas tenebrosas de 1.000.000 m² por dia. Deste modo, abrindo espaço para o questionamento estrangeiro, quanto as medidas tomadas para a preservação da Amazônia.        Ademais, outro aspecto a ser salientado é o sucateamento dos órgãos públicos que deveriam fiscalizar a floresta amazônica. Recentemente, o INPE foi alvo de críticas vorazes quanto a seus métodos de aferição dos dados. Outrossim, o Ministério do Meio Ambiente também recebeu várias críticas quanto às medidas tomadas, por conseguinte, passando posteriormente a fazer parte do Ministério da Agricultura – o que em teoria gera um choque de interesses -. Não obstante, o Brasil recebe verba de um fundo estrangeiro para a preservação do bioma amazônico, contudo, o país tem recebido pungentes críticas quanto a suas políticas ambientais por não apresentar resultados concretos.        Logo, para que haja a preservação da floresta amazônica, cabe a população fiscalizar as medidas tomadas pelos políticos do país, além de, exercer o poder de mudança através do voto. Cabendo também aos políticos o combate a brechas que possibilitem produtores agrícolas a desmatarem áreas protegidas, além de, direcionar recursos para os órgãos fiscais – IBAMA, INPE e afins -, dando mais poder prático ao Ministério do Meio Ambiente tornando-o independente. Para que o brasileiro possa provar para o mundo que pode coexistir com a natureza, não sendo selvagem outrora citado por Hobbes.