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Enviada em: 07/08/2019

É comum pessoas de outros países terem uma imagem do Brasil como um território cercado por matas e animais silvestres. Tal idealização se deve ao fato de grande parte da Floresta Amazônica estar localizada em solo brasileiro. Nesse sentido, se todos reconhecem a grandiosidade desse bioma, sua proteção deve ser responsabilidade de todos os países e não apenas do Brasil. No entanto, essa premissa tem sido ameaçada devido a uma onda de conservadorismo de grandes líderes e a uma falta de informação sobre como questões do meio ambiente afetam o planeta como um todo.       A princípio, é preciso ressaltar como algumas atitudes de líderes políticos prejudicam a conscientização ambiental. Nesse contexto, inclui-se o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o atual presidente Jair Bolsonaro, os quais negam publicamente as mudanças climáticas e contestam dados oficiais de desmatamento. Analogamente, pode-se afirmar que se trata de um discurso sofista, termo originado na Grécia Antiga para caracterizar posicionamentos pautados na “moral convencional”, na qual a verdade depende de quem fala e do interesse existente por trás. Dessa forma, ao dizer apenas o que eles consideram como verdadeiro e contradizer a ciência, eles influenciam a opinião pública e transmitem a falsa ideia de que não há nada errado em continuar extraindo recursos de forma não sustentável, o que, inevitavelmente, agrava o problema da conservação da Floresta Amazônica.       Somado a isso, convém salientar uma falha educacional em relação à geografia física, a qual não oferece aos estudantes conhecimentos em climatologia. Por conseguinte, eles não entendem a necessidade de se preservar a Amazônia e não sabem que se trata de uma questão com impactos globais. Acerca disso, é fato que tal bioma é indispensável na filtragem de gases estufa e essencial na manutenção da estabilidade do clima do mundo inteiro. Com efeito, vale citar como exemplo as ondas de calor na Europa que vêm batendo recordes de temperatura e comprovam como o clima de todo o planeta pode mudar diante de índices alarmantes de desmatamento como os dos últimos anos.       Fica claro, portanto, que a proteção do bioma em questão é de responsabilidade de todos os países. Para atingir essa máxima, a Organização das Nações Unidas deve promover uma campanha de alerta sobre mudanças climáticas, por meio de propagandas contendo dados de pesquisadores veiculados didaticamente com gráficos e imagens, de forma a contestar afirmações de políticos que atrapalham a preservação ambiental. Ademais, cabe ao Ministério da Educação uma reforma escolar, mediante inclusão na grade curricular de atividades lúdicas como mostras culturais e convenções intercolegiais sobre geografia que ensinem aos alunos o equilíbrio interligado dos ecossistemas, com vistas a solidificar em toda a humanidade o dever de proteção da Floresta Amazônica.