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Enviada em: 13/08/2019

Após o ano de 1500, o território brasileiro, então terra tupiniquim, tornou-se terreno para moradia e economia de diversos estrangeiros. Uma das consequências da participação estrangeira no Brasil foi a degradação natural, a exemplo da quase extinção do pau-brasil, árvore nativa. Já no século XXI, há uma nova forma de interferência internacional no país. Todavia, agora, a intervenção tem caráter preservativo e põe em destaque a forma com que os brasileiros têm tratado a floresta amazônica. É necessário avaliar, assim, se os brasileiros, sozinhos, possuem aptidão para preservar esse bioma.     Em primeiro lugar, faz-se relevante entender o porquê do interesse global na preservação amazônica. Após anos de exploração natural desenfreada, os sapiens, com o avanço científico, perceberam a importância vital dos meios naturais. Contudo, na contemporaneidade, muitos desses meios já foram substituídos pela urbe. A Amazônia, entretanto, cuja maior parte reside no Brasil, mantém-se de pé e preserva inúmeras espécies endêmicas – que são aquelas encontradas em apenas uma região. Além disso, tal floresta beneficia a humanidade com matéria-prima para inúmeros medicamentos e alimentos, bem como preserva riquíssimo ciclo hidrológico. Assim, a Amazônia é de importância mundial.     Em contrapartida, a postura nacional frente à maior riqueza natural do planeta parece não estar de acordo. Ao contrário do que a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia – OTCA – sugere, a economia brasileira vem afetando negativamente o bioma amazônico. Com efeito, a grande economia primária do país permite a expansão dos latifúndios agrícolas para além dos limites da floresta, causando grandes desmatamentos. Ademais, a pouca fiscalização florestal facilita a mineração clandestina, que também causa desmatamento, assim como poluição aquífera. Por fim, a recente flexibilização do Governo Federal para o uso de agrotóxicos põe em risco espécies se insetos amazônicos, tão importantes para a complexidade da região.     É perceptível, portanto, que apesar de a Amazônia ser importante para todo o planeta, os brasileiros não dedicam cuidado suficiente com ela. Dessa forma, é preciso que o Brasil se abra para novas ideias e ajuda internacional para com a terra amazônica. Assim, o Ministério da Agricultura e Meio Ambiente pode promover uma conferência internacional a fim de discutir sobre os impactos sofridos pela Amazônia, objetivando encontrar soluções para o crescimento econômico sustentável. Nesse evento, deve haver a participação de engenheiros florestais, biólogos e agrônomos de vários países, para enriquecerem o projeto com conhecimento científico. Ademais, o capital do Fundo da Amazônia pode ser utilizado na efetivação das ideias levantadas pelos pesquisadores. Com isso, será possível manter a riqueza amazônica ao longo das gerações, beneficiando todo o planeta.