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A Amazônia - maior floresta dotada de megadiversidade do mundo - ocupa 60% do território do Brasil. Durante o Governo Militar, principalmente, foi feita a integração desse bioma ao resto da Nação sob a máxima "Integrar para não entregar", com a finalidade de ocupá-lo e preservá-lo. Contudo, apesar da responsabilidade de proteção dessa floresta ser brasileira, devido a ineficiência das leis ambientais, o país se demonstra incapaz de administrá-la. Primeiramente, a rigidez deficitária da legislação ambiental abre espaço para uma exploração descontrolada. Com a Revolução Verde houve a modernização da agricultura, possibilitando a expansão da fronteira agrícola do Brasil, atingindo a Amazônia em meados de 1970. Nesse sentido, apesar da legislação proibir a lavoura em áreas de floresta, os pecuaristas, de forma inescrupulosa, abrem caminho promovendo a pastagem nesses locais - já que não existe lei impedindo-os - para que, posteriormente, seja possível o plantio de soja e de outras commodities, alimentando o desmatamento. Logo, percebe-se que, de fato, a regulamentação pouco rígida impede que a Amazônia seja preservada de maneira eficiente. Por outro lado, o mundo enxerga que a floresta urge a preservação, evidenciando a incapacidade do Brasil de gerenciá-la. O Fundo Amazônico foi criado por outros países, voluntariamente, na intenção de promover projetos de combate ao desmatamento. Entretanto, segundo o "O Estadão", a taxa diária de desflorestamento, em 2019, dobrou com relação a 2018. Portanto, fica claro a falta de habilidade que o país tem no que tange o gerenciamento do patrimônio natural presente em seu território. Sabendo, então, da ineficiência da legislação ambiental e da falta de habilidade brasileira para gerir a Amazônia, faz-se necessário o enrijecimento das leis de preservação por parte do poder Legislativo. Conjuntamente, o Governo Federal deve utilizar de forma consciente o Fundo Amazônico para que, por meio de políticas de combate ao desflorestamento, financiadas por ele e também pela verba nacional, seja possível, a curto prazo, preservar a floresta de maneira eficiente, mantendo-a como a maior do mundo em termos de megadiversidade e, consequentemente, honrando o compromisso de proteção a esse patrimônio natural mundial.