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Enviada em: 21/08/2019

Desmatar não é progresso               A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e apresenta uma importante riqueza natural, como a maior biodiversidade e bacia hidrográfica do planeta. Por essas e outras particularidades, é um bioma valoroso e notado mundialmente, realidade que explica a existência de um fundo internacional para arrecadar recursos para projetos de prevenção. No entanto, mesmo com tamanha relevância, o desmatamento continua crescendo e a preocupação do governo federal está diminuindo progressivamente.              O desmatamento segue crescendo mês a mês, e dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam aumento em junho e julho, referentes aos mesmos meses do ano passado, de 88% e 278%, respectivamente. A destruição está intensa em uma floresta que, segundo o Inpe, armazena entre 90 e 140 bilhões de toneladas de carbono, ou seja, quando a vegetação é queimada, o carbono é liberado para a atmosfera e desestabiliza ainda mais o clima global. Por exemplo, com sua devastação, o índice de chuvas vai ser desregulado, pois a Amazônia leva umidade para toda a América do Sul.                   Mas mesmo diante de uma situação tão crítica, o atual presidente da república segue mostrando despreocupação com o assunto. Em sete meses de mandato ele já defendeu medidas como o fim de demarcação de terras, permissão para mineração em áreas indígenas, flexibilização de licenciamento ambiental, alterações no Código Florestal, admitiu a possibilidade de extinguir o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e segue dando depoimentos irônicos como “questão ambiental só importa aos veganos”. Essa postura de Bolsonaro, fez países como Alemanha e Noruega deixarem de ajudar no Fundo Amazônia, acordo internacional que captava verbas para investir no combate ao desmatamento da floresta amazônica.                 Portanto, é evidente que proteger a Amazônia é um dever mundial, e, para isso, é importante que a ONU Meio Ambiente pressione o governo brasileiro a promover sua conservação. Para esse fim, é necessário que o Brasil comece reestabelecendo a diplomacia ambiental com a Alemanha e Noruega para readquirir fundos e canalizá-los para a fiscalização e combate do desmatamento na Amazônia. Além disso, é imprescindível que o MMA desenvolva campanhas educativas sobre a importância desse bioma para o planeta e os efeitos negativos de sua devastação , revelando dados reais e impactantes dos níveis de destruição. Desse modo, com o mundo atento e uma população sensibilizada, a luta a favor da preservação da Amazônia pode aumentar e o desmatamento tende a diminuir.