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Enviada em: 06/09/2019

A falta de cuidados para com o meio ambiente remete ao conceito de anomia, que diz respeito a uma ruptura ou a uma ausência das normas sociais. A busca excessiva por crescimento econômico mostra claramente a degradação humana quando o indivíduo abandona as normas de conduta em relação ao meio ambiente. É nesse contexto que a problemática da falta de preservação da Floresta Amazônica aponta os desvios comportamentais da população brasileira.        O desmatamento reforça a tese dos ideais contratualistas de que os problemas do homem surgiram a partir do inevitável convívio social. A extração de recursos naturais e a agropecuária são grandes responsáveis pelas áreas desmatadas na região Norte do país. Assim sendo, o anseio por crescimento econômico é um conflito na sociedade contemporânea e evidencia uma anomia social. Nesse viés, se é certo afirmar que a sociedade corrompe o homem, não menos exato é considerar que o indivíduo permanece violando as normas ambientais.      Evidentemente, é preciso salientar os impactos para a população mundial. Nesse sentido, pode-se destacar o aquecimento global como consequências advindas do desmatamento da Floresta Amazônica. Esse bioma sul-americano, além de possuir a maior biodiversidade em espécies da fauna e da flora, é importantíssimo no processo de absorção de gás carbônico pela fotossíntese, o que ajuda na diminuição de gases poluentes na atmosfera. Além disso, a floresta participa do controle hídrico e climático de todo o planeta. Dessa maneira, percebe-se que a sociedade moderna passa por fortes transformações. Seria possível, então, que o comportamento humano estaria moldado, como refletiu o autor norte-americano Skinner?       Portanto, o problema da falta de preservação da Floresta Amazônica vai além do âmbito nacional. Dessa forma, percebe-se que os preceitos elementares entre indivíduo e sociedade devem ser explorados de forma que a população brasileira adquira novos valores de cidadania acerca da preservação ambiental. Nessa perspectiva, faz-se necessário que o Ministério da Educação, em parceria com instituições privadas, promova a criação de vídeos e de enquetes, por meio de plataformas digitais, com discussões e debates desenvolvidos por profissionais da área sobre os cuidados necessários para com a Floresta Amazônica, de forma que a Educação Social desperte a preocupação e o conhecimento da população, já que se observa uma alteração nos padrões sociais brasileiros. Afinal, segundo Skinner, a educação sobrevive mesmo quando todo o resto aprendido é esquecido.