Materiais:
Enviada em: 20/08/2018

Dan Brown, escritor norte-americano, escreveu ,em seu livro "Código Da Vinci", sobre a história da religião e da prostituição, na qual apontou teorias de que Maria Madalena, uma das apóstolas de Jesus, seria, na realidade, uma prostituta. Nesse contexto, é notório que a troca de favores sexuais por dinheiro sempre foi presente na humanidade, entretanto, com o passar dos anos esses atos foram marginalizados e criou-se um preconceito que perdura na sociedade brasileira. Dessa forma, é vital que as questões relacionadas ao meretrício devem ser dialogadas no Brasil.       A priori, convém ressaltar que a marginalização com que o ato da prostituição é tratado reforça a má situação que as prostitutas se encontram. Nesse prisma, é fulcral observar que o fator principal que faz com que as pessoas que vendem o ato sexual sejam banalizadas é a marginalização de uma camada social que, na maioria dos casos, já sofre com a periferização social, a exemplo da pesquisa realizada pela Fundação Mineira de Educação e Cultura, que aponta que mais da metade das mulheres necessitam desse trabalho para ajudar no sustento da família. Diante disso, observa-se a autenticação da teoria axiológica de Ludwig Von Mises de que "a ação é a significativa resposta do ego aos estímulos e às condições do seu meio ambiente", logo, é necessário adaptar os meios, de modo a impedir a marginalização e violência dessa vertente social.       Em uma análise mais extensiva, nota-se que grande parte do descaso com que se trata a problemática tem origem em outro imbróglio: o preconceito. Isto é, durante séculos tratou-se a prostituição como sinônimo de imoralidade, e, a partir disso, fixou-se no Brasil raízes discriminatórias intrínsecas à sociedade que impedem o devido respeito e segurança para a categoria, visto que, de acordo com a Revista Brasileira de Enfermagem, 4 em cada 10 prostitutas já sofreram algum tipo de violência. Nesse âmbito, legitima-se a máxima do filósofo renascentista Nicolau Maquiável de que os preconceitos têm raízes mais profundas que os princípios, logo, evidencia-se a importância de sanar essas intolerantes concepções perante o tema.       Compreende-se, pois, que ,por diversas razões, há uma deterioração social dos indivíduos que realizam a troca de favores sexuais por dinheiro. Dessarte, urge que o Ministério da Saúde, em parceria com a mesa diretora da Câmara dos Deputados e o Ministério do Trabalho, elabore um plano de assistência à estabilidade econômica às prostitutas com auxílio de contadores, e desenvolver cartilhas informativas com dados da violência, entrevistas com  profissionais do ramo e número de telefona para a denúncia à violência e para o suporte, com intuito de estruturar economicamente e reduzir o preconceito. Com isso, o Brasil tornar-se-á um país desvincilhado da intolerância histórica.