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Enviada em: 23/08/2018

Segundo Gandhi, "o futuro depende do que fazemos no presente". Nesse sentido, retirar as mulheres da condição de vulnerabilidade social no agora, é essencial para reduzir as penúrias da prostituição na posteridade. Contudo, no Brasil, à condição de pobreza extrema e a epidemia do uso de drogas são fatores que dificultam a resolução desse problema.        É importante pontuar, de início, que na visão de Milton Santos o capitalismo é perverso e imediatista. A problemática da prostituição valida, destarte, o pensamento do geografo. Haja visto, que a falta de condições materiais e as dificuldades de ascensão ao mercado de empregos formais são fatores que conduzem as mulheres ao mais humilhante dos servições numa sociedade que precifica corpo e a dignidade da mulher. Excetuando-se uma parcela bastante diminuta das garotas de programa, as mulheres que vendem o próprio corpo o fazem por falta de alternativas.       É válido salientar, ainda, que mulheres em situação de vulnerabilidade social, sobretudo às que se encontraram em estado de dependência química, têm maior propensão a se prostituir. Vê-se, na mídia, incontáveis exemplos de mancebas que vendem o próprio corpo em troca de drogas ilícitas drogas ilícitas, estas não se prostituem para comprar comida ou para prover os filhos, em vez de escravas do próprio estomago, tornam se quase que escravas sexuais em decorrência de seus próprios vícios efêmeros. Nestes casos, a situação é ainda mais delicada, pois, para libertá-las da prostituição é preciso antes livrá-las das drogas.       Cabe, portanto, ao Governo Federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve organizar cooperativas para fornecer profissionalização e outras alternativas de trabalho às mulheres que se encontram nessa posição. O Estado, por sua vez, tem o dever de promover políticas de transferência de direta de renda à essas mulheres, além de fornecer amparo psicológico e psiquiátrico nas unidades de saúde as que sofrem com dependência químicas.