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Enviada em: 24/08/2018

Ser prostituto(a) torna alguém inferior? Pessoas que exercem esta profissão, estão expostas a qualquer tipo de situação, principalmente, de violência. Essa realidade, está ligada ao fato da sociedade ver tais pessoas como inferiores, por exercerem um ofício considerado indigno, isso se dá por diversos fatores, que transitam desde cunho social até o religioso.    Tal ofício é predominantemente feminino, trazendo então, como preconceito, entre outros motivos, a autonomia da mulher em relação ao sexo, sobretudo, como algo que pode ser comercializado, tal prática não é moralmente bem vista, principalmente, pela igreja, dado a concepção de que o sexo é algo relacionado estritamente a reprodução e de domínio matrimonial; o problema, entre tantos, é que tendo essa concepção, há uma afirmação de que, entrar no mundo da prostituição foi uma escolha cômoda.        No Brasil, a prostituição é o resultado de várias falhas, sobretudo, no ensino, pesquisas revelam que um dos motivos a qual pessoas recorrem a tal profissão, é a ausência de qualificação profissional, decorrente por falta de acesso ao ensino fundamental e médio (característica da desigualdade social e descaso dos governantes em relação à educação), sucedendo a baixa escolaridade, gritante da classe E, no qual seus integrantes sobrevivem com uma renda mensal extremamente baixa, recorrendo assim, a profissões marginalizadas.          Em suma, nota-se que há um preconceito, muito forte em relação a tal profissão, sucedendo uma negação por parte da sociedade aos motivos que levaram tais indivíduos a essa escolha, o que acaba por deixar como esta, pois não há um questionamento, nem sobre a divisão econômica do Brasil, e nem sobre os pré-conceitos já enraizados na sociedade, estagnando a questão de violência e exposição dos pessoas praticantes deste ofício.