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Enviada em: 27/08/2018

No livro Lucíola de José de Alencar, a protagonista Lucia que desejava dar suporte financeiro à família, vende o próprio corpo e passa por diversos dramas como prostituta. Nesse contexto, quando se observa a prostituição no Brasil, hodiernamente, verifica-se que a história de Lucíola exemplifica a vida de crianças e mulheres que se prostituem. Com efeito, surge a problemática relacionada ao abuso infantil e a prostituição no Brasil.    Em primeira análise, muitas pessoas que se prostituem foram aliciadas quando eram crianças. Tal fato se reflete devido à desigualdade social, pois diversas famílias abaixo da linha da pobreza vendem suas filhas para os proxenetas -cafetões- que prometem dar uma vida digna para suas filhas, entretanto, são submetidas a prostituição. Segundo o jornal O Globo, na região norte e nordeste do país, existe uma alta incidência da venda de crianças e adolescentes. Logo, menores de idade perdem sua infância e adolescência sendo escravizados sexualmente.    Outro ponto relevante nessa temática, é a dependência financeira da prostituição. De fato, isso ocorre pois muitas mulheres não conseguem emprego em outra área, optando pela venda do corpo, como Lucíola, que era bonita foi se prostituir devido a uma dificuldade financeira. Com isso, muitas mulheres encontram na prostituição o meio de sobrevivência , tendo como consequência a violência física, psicológica e moral.    Torna-se evidente, portanto, que a questão da prostituição é comum no Brasil. Com isso, o Governo, junto ao Estatuto da Criança e Adolescente, deverá investir na segurança contra o aliciamento infantil nos estados mais pobres, por meio de segurança e alertando as comunidades, a fim de de proteger as crianças da violência sexual. Ademais, o Ministério da saúde deve assistir as prostitutas, com atendimento humanizado e preventivo com palestras sobre doenças sexualmente transmissíveis, além de atendimento psicológico com foco na orientação sobre a saúde da mulher, com o intuito de preservar a saúde dessas mulheres marginalizadas. Assim, muitas crianças não serão Lucíolas e muitas Lucíolas terão uma vida com dignidade e respeito.