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Enviada em: 25/08/2018

Karl Marx acerta ao dizer que é preciso modificar o mundo, afinal, ainda hoje existem atividades exercidas pelos socialmente fragilizados que não são regulamentadas. Discutir as questões relacionadas à prostituição no Brasil é promover uma sociedade que preze sempre por valores coletivos. Assim, esclarecer a população sobre o assunto e regulamentar essas atividades são questões fundamentais para solucionar tal óbice.        Importa considerar, de início, que Justiça Federal não condena a prática da prostituição como crime. Desse modo, a verdade vai contra o senso comum, que faz com que os praticantes dessas atividades sejam rejeitados pela sociedade por serem considerados criminosos, e a Universidade Estadual Paulista revela que 41% desse grupo já sofreu violência de algum tipo, demonstrando que a ótica social sobre eles interfere no tratamento que recebem. Dito isso, é urgente que essas práticas tenham seu cunho esclarecido para a nação.        É válido lembrar, também, que Hobbes, em sua obra "O Leviatã", diz que vive-se em um contrato social, que deve ser mantido e incentivado por um Estado forte. Nesse contexto, a maioria dos prostituídos é de baixa classe socioeconômica e recorrem à essa atividade como última opção, com o intuito de sustentar a família. Portanto, a não regulamentação os impede de estarem protegidos pelo aparato estatal, que fornecem maior segurança e assistencialismo aos profissionais legais.        Convém, então, que o Ministério da Cultura, com auxílio das Secretarias de Comunicação, promovam publicidade sobre a situação da prostituição no Brasil, através de mídias digitais e novelas, com o intuito de estabelecer uma população mais esclarecida sobre o assunto. Paralelamente, o Senado Federal deve regulamentar a prostituição como categoria formal de trabalho, por meio de lei, a fim de proteger e assistir esse segmento, e, finalmente, seguindo Karl Marx, promover modificações no mundo.