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Enviada em: 26/08/2018

Tida como a "profissão" mais antiga do mundo, a prostituição já foi muito respeitada, em algumas épocas as prostitutas chegavam a pagar impostos em cima do seu trabalho e em outras podiam ser comparadas à Deusas. Com o surgimento da sociedade patriarcal e a figura do homem cada vez mais ligada a paternidade, a profissão passou a ser julgada e condenada pela sociedade. Apesar do lapso temporal que há entre o surgimento do patriarcado e os dias atuais, é possível perceber vestígios que afetam a prostituição até hoje. Nesse contexto, é válido analisar os problemas enfrentados pela prostituição atual no Brasil.       Antes de tudo, é importante perceber que os profissionais do sexo estão mais suscetíveis a doenças sexualmente transmissíveis do que qualquer outra pessoa. Isso ocorre não somente pelo grande número de parceiros sexuais, bem como por não saberem com que tipo de pessoas estão lidando. O que contraria a afirmação do cineasta Manoel Oliveira, de que saúde é mais importante do que dinheiro.        Além disso, outro ponto a ser observado é o preconceito que envolvem os homens e mulheres que se submetem a esse tipo de trabalho. Familiares, amigos e empresas duvidam da capacidade emocional e intelectual do profissional, muitas vezes por não saberem o real motivos que os levaram a vender o corpo. Tal fato pode ser comprovado por dados da pesquisa da Revista Veja, que afirmam que mais de 40% das empresas evitam contratar profissionais do sexo.        Fica claro, portanto, que ainda hoje os profissionais do sexo enfrentam uma série de obstáculos. Diante disso, é importante que o Ministério da Saúde desenvolva palestras dinâmicas, principalmente em bairros precários, alertando da importância do uso de preservativos, demonstrando com exemplos para deixar mais consciente não só a população que se prostitui, mas em geral. Além disso, é interessante que o governo dê incentivos fiscais para empresas que contratarem pessoas que se prostituem, afim de oferecer condições iguais para todos. Na tentativa de tornar realidade o ideal da Revolução Francesa "Liberdade, igualdade e fraternidade".