Materiais:
Enviada em: 27/08/2018

O oferecimento de sexo em troca de alguma compensação é praticado desde os primórdios da humanidade, o geógrafo grego Strabo, por exemplo, relatou que os assírios ofereciam suas filhas ainda muito jovens para praticarem a prostituição ritual com aproximadamente doze anos de idade. Atualmente, pode-se observar que essa prática abre espaço para a compreensão de outras esferas, como: política, social e econômica que extrapolam a busca pelo prazer. Nesse sentido, deve-se analisar as questões relacionadas à prostituição no Brasil.                     É possível mencionar, que o Brasil ocupa o primeiro lugar em exploração infanto-juvenil na América Latina, de acordo com a ONU ( Organização das Nações Unidas). Isso ocorre porque, frente a pobreza que o país enfrenta, muitos pais inserem seus filhos nesse sub mundo para prover o sustento da família, ressaltando o fato de que esse índice é bem maior nas famílias negras e não escolarizadas, reflexo histórico-social brasileiro. Por resultado disso, a cada vinte e quatro horas,  trezentos e quarenta crianças são exploradas sexualmente no Brasil, segundo a ONU.                   Outrossim, vale ressaltar também que, o vício em drogas é um fator determinante pra esse cenário. Isso acontece porque, pelo anseio de conseguir dinheiro rápido, muitos viciados acabam vendendo seus corpos por valores ínfimos para suprir o vício. Por consequência disso, mais de 62% das usuárias de crack se prostituem para comprar drogas, segundo o IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).                    Torna-se evidente, portanto, que a prostituição no Brasil é reflexo de vários outros problemas sociais, que precisam ser solucionados para que essa situação degradante seja extinta. Em razão disso, o Ministério do Desenvolvimento Social em parceira com o Ministério da Educação devem, fomentar cursos profissionalizantes para aquelas famílias em extrema pobreza e que dependem exclusivamente de benefícios sociais, para que essas pessoas sejam inseridas no mercado de trabalho e não sejam obrigadas a prostituir os filhos para suprir suas necessidades. Ademais, faz-se necessário que o Poder Legislativo elabore um protocolo de reabilitação para viciados, com centros especializados e munidos de profissionais qualificados para combater esse mal; no intuito de tira-los das ruas e curá-los do vício, facilitando, assim, a sua saída, também, do mundo da prostituição. Dessa forma, o Brasil poderá diminuir os efeitos catastróficos da prostituição, proteger as crianças e tratar de forma correta as pessoas que têm problemas com as drogas, melhorando a qualidade de vida população.