Materiais:
Enviada em: 03/09/2018

Segundo historiadores, a prostituição consiste em uma das práticas financeiramente lucrativas mais antigas da humanidade. De modo análogo, hodiernamente, essa atividade permanece constante no Brasil e traz desafios e consequências para a sociedade e os indivíduos nela envolvidos. Nesse sentido, uma análise acerca de suas causas, que estão ligadas a insuficiência de intervenções públicas e a influência midiática, faz-se necessária para a manutenção da homeostasia social.      A priori, é indubitável que a questão política está entre as causadoras da problemática. Sabe-se, a partir da Constituição Federal, que é dever do Estado promover o bem de todos sem distinção de qualquer natureza, possibilitando meios para que os indivíduos possam viver dignamente de maneira confortável. Não obstante, por falta de oportunidades socioeconômicas, como a de emprego, muitas pessoas recorrem a venda de sexo como forma de sustentarem a si e a seus familiares. O que é evidente, por exemplo, no grande número de mães que utilizam dessa prática para criarem seus filhos.      Ademais, a conduta midiática contemporânea colabora para a disseminação da prostituição no Brasil. Os meios de comunicação não estão submetidos a nenhuma restrição política. Dessa forma, difundem como querem valores morais e conceitos de acordo com os interesses dos anunciantes, tal como a ideia propagada em filmes e séries de que garotas de programa obtém dinheiro fácil. Consequentemente, em virtude de seu grande alcance e influência, aliena muitos brasileiros a entrarem nessa vida motivados a manterem seus vícios e desejos. Contribuindo assim para a continuidade dessa prática e dificultando que os problemas referente a ela, como a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis e a objetificação da mulher, sejam resolvidos.      Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse. Logo, o Ministério da Educação, por meio da Receita Orçamentária, deve criar cursos profissionalizantes, a exemplo do Senai e Senac, direcionados aos profissionais do sexo, que promova o seu aprimoramento técnico em alguma área específica e facilite o acesso desse público ao mercado de trabalho formal. Os meios de comunicação, socialmente engajados, também devem limitar os conteúdos que exaltem a prostituição, objetivando extingui a alienação midiática nessa direção e reduzir a objetificação da mulher como instrumento meramente de prazer.